Desemprego cai, e a renda do trabalhador também; quais as expectativas para 2022?

No trimestre que terminou em outubro, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,1%. Em contra partida, pelo menos 12,9 milhões de brasileiros continuam desempregados, e a renda dos cidadãos está menor. Foi o que mostrou a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As informações foram compartilhadas ontem, 28, pelo Instituto. Esta é a menor taxa de desemprego desde fevereiro de 2020, quando os registros mostravam queda de 11,8%. Isto é, mês que antecedeu o início da pandemia no Brasil.

Acontece que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, mostra que este é o quinto trimestre seguido em que a renda da população brasileira fica em queda. 

Comparado ao trimestre anterior, o rendimento caiu de R$ 2.566 para R$ 2.449. Este dado pode ser confirmado com a alta da inflação, que encareceu diversos produtos e diminuiu o poder de compra do cidadão brasileiro.

Além disso, houve um novo recorde no número de brasileiros que trabalham por conta própria. Segundo o IBGE, foram 25,6 milhões de registros deste caso até outubro de 2021. Pessoas que normalmente ganham menos, e que têm mais despesas.

E ainda, o caso daquelas que embora tenham algum curso superior, por não encontrar vagas de emprego disponíveis no mercado, acabam ocupando um cargo mais baixo. Logo, têm sua renda diminuída.

Apesar de haver um crescimento significativo da ocupação, a massa de rendimento permanece estável. Isso acontece porque o rendimento do trabalhador tem sido cada vez menor – seja porque a expansão do trabalho ocorre em ocupações de menores rendimento, seja pelo avanço da inflação nos últimos meses”, explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

A pesquisa ainda mostra que as principais quedas foram na indústria (-16,1%), administração pública (-11,6%) e no comércio (10%).

Pessoas atuando sem carteira assinada são de 12 milhões, alta de 9% comparado ao trimestre anterior. E aquelas que atuam com registro em carteira são de 33,9 milhões e um reajuste de 4,1%.

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Expectativas de desemprego e renda para 2022

Conforme informa o próprio IBGE, existem pelo menos 29,9 milhões de trabalhadores sem oportunidade no mercado de trabalho. E admite-se que o aumento nos índices de emprego são puxados pelos informais ou subocupados.

Logo, as perspectivas para 2022 não são das melhores. Em um ano eleitoral muitas situações podem acontecer, e devem influenciar diretamente o mercado financeiro. Como a taxa Selic, a inflação e os investimentos. 

Inclusive, as expectativas econômicas do próximo ano são negativas. O que consequentemente devem atingir a população brasileira, e aqueles que ainda não conseguiram sua posição no mercado de trabalho.

Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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