Maioria dos brasileiros não aprovou mudança do Bolsa Família para o Auxílio Brasil

Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada no jornal Folha de São Paulo no sábado (25), a 43% dos brasileiros não aprovaram a mudança do Bolsa Família para o Auxílio Brasil. O novo benefício está sendo pago desde novembro, quando o programa anterior, criado na primeira gestão Lula, foi extinto.

A pesquisa consultou 3.666 pessoas, residentes em 191 municípios de todo o Brasil, entre os dias 13 a 16 de dezembro. Por outro lado, 41% dos entrevistados viram a mudança como positiva. Outros 9% não souberam opinar e 7% avaliaram que a mudança não foi nem positiva, nem negativa.

O levantamento do Datafolha também traz os dados de acordo com o perfil dos entrevistados:

Por outro lado, beneficiários do extinto Bolsa Família e grupos que apoiam o presidente veem a criação do Auxílio Brasil como positiva:

Popularidade de Bolsonaro e liderança de Lula

Ao que tudo indica, a criação do Auxílio Brasil ainda não foi suficiente para elevar a popularidade do governo. Segundo o levantamento do Datafolha, 53% dos brasileiros reprovam a atual gestão, pior índice até aqui.

O Auxílio Brasil está pagando um valor médio de R$ 415, superior ao que o Bolsa Família costumava pagar. Mas há relatos de famílias que não conseguiram migrar de um benefício para outro e também críticas à formulação do novo programa.

O Auxílio Brasil está garantido apenas até o fim de 2022, diferente do Bolsa Família, que tinha caráter permanente. É possível que o público esteja enxergando a iniciativa do governo como sendo eleitoreira.

O Datafolha também consultou as intenções de voto para a eleição presidencial. O ex-presidente Lula lidera com 48%, com chances de ganhar ainda no primeiro turno. Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 22%. No segundo turno, os dois candidatos ficariam com 72% e 21%, respectivamente.

YouTube video player
Amaury NogueiraAmaury Nogueira
Nascido em Manga, norte de Minas Gerais, mora em Belo Horizonte há quase 10 anos. É graduando em Letras - Bacharelado em Edição, pela UFMG. Trabalha há três anos como redator e possui experiência com SEO, revisão e edição de texto. Nas horas vagas, escreve, desenha e pratica outras artes.
Sair da versão mobile