- Bolsonaro e Doria estão entre os menos desejáveis para a presidência;
- Auxílio emergencial aumentou a popularidade de Bolsonaro em 2021;
- Criação de programas sociais podem alavancar a candidatura de Jair.
Em outubro de 2022 o Brasil volta a escolher o novo presidente da República, este que deve ocupar o cargo por mais quatro anos. Jair Bolsonaro (PL) disputará sua reeleição contra nomes como Lula (PT), Sérgio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB). Entre outros, o Auxílio Brasil e o vale-gás podem ser favoráveis ao atual presidente.
O próprio governo Bolsonaro admite que essas ações sociais devem torná-lo mais alcançável ao público da classe C e D do país. Isso porque, são as pessoas mais vulneráveis que dependem de ações sociais do governo.
Nas eleições de 2018, Fernando Haddad (PT) foi quem concorreu com Bolsonaro no segundo turno para a presidência. Na época, a única região na qual o candidato venceu o presidente foi no Nordeste com 69,7% dos votos totais, contra 30,3% de Jair.
Esta é justamente a região mais carente do Brasil, a qual exige o maior número de ajuda social. E por lá a preferência por Bolsonaro nunca foi das melhores, já que o eleitorado sempre se mostrou mais favorável a gestão petista.
Intenção de votos para as eleições 2022
A mais recente pesquisa de intenção de votos para as eleições de 2022, publicada pelo instituto PoderData em 24 de dezembro, mostra que Lula tem o menor índice de rejeição entre os concorrentes, com 39% dos eleitores. A pesquisa mostra que quatro em cada dez entrevistados votariam no ex-presidente.
Em contra partida, Bolsonaro e Doria estão entre os menos desejáveis para a presidência, segundo os eleitores entrevistados. 60% dos brasileiros disseram que não votariam de jeito nenhum nessas dois opções.
Claro que esse cenário ainda pode mudar muito. Considerando que a corrida eleitoral acontece mesmo a partir dos primeiros três meses de 2022, quando o assunto começará a ser falado com mais intensidade.
Até lá, cabe aos eleitores analisarem as propostas divulgadas e decidir qual candidato tem mais proximidade com as suas convicções.
Auxílio Brasil, vale-gás e benefícios sociais criados por Bolsonaro
Pelo menos dois anos do governo Bolsonaro foram marcados pela pandemia da Covid-19, que ocasionou mais de 619 mil mortes no Brasil. Houve restrição do comércio, já que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) era a de evitar aglomerações, e toda a economia mundial foi afetada.
Pensando nisso, o governo federal criou o auxílio emergencial em 2020. Na época, foram pagos R$ 600 para os inscritos e até R$ 1,2 mil para as mães solteiras. No ano passado foram disponibilizadas parcelas de abril a dezembro.
Em 2021, também foram pagas parcelas do auxílio emergencial só que com valores menores. De R$ 150 para solteiros, R$ 250 para famílias e R$ 375 para mães solteiras. Finalizando em outubro deste ano.
Segundo dados da CNI/Ibope, em setembro de 2021 a popularidade de Bolsonaro cresceu 11 pontos percentuais justificadas pela criação do auxílio. O que provocou no atual governo o desejo de aumentar os projetos sociais.
Auxílio Brasil
A primeira parcela do Auxílio Brasil foi paga em novembro deste ano, pagando em média R$ 217 e colocando fim ao Bolsa Família. Na ocasião, 14,5 milhões de pessoas foram beneficiadas automaticamente ao migrar de um programa para o outro.
O novo programa foi criado com o objetivo de ser mais “a cara de Bolsonaro” e esquecer do governo petista. Por isso, em dezembro desse ano o valor da mensalidade aumentou para R$ 400 por família inscrita.
E o desejo de 2021 é que mais famílias sejam inclusas, alcançando 17 milhões. Novas inscrições ainda dependem do orçamento, este que prevê para 2022 mais de R$ 89 bilhões para investimento no sistema.
O novo calendário de 2022 não foi divulgado oficialmente, para janeiro prevê-se que os depósitos sejam pagos nas seguintes datas:
- Final do NIS 1: 18/01
- Final do NIS 2: 19/01
- Final do NIS 3: 20/01
- Final do NIS 4: 21/01
- Final do NIS 5: 24/01
- Final do NIS 6: 25/01
- Final do NIS 7: 26/01
- Final do NIS 8: 27/01
- Final do NIS 9: 28/01
- Final do NIS 0: 31/01
Vale-gás
Outro projeto social que também foi criado agora na gestão Bolsonaro, e que pode aumentar a popularidade do atual governo é o vale-gás. O pagamento será no valor de R$ 52, metade do que é cobrado por um botijão de gás de 13 quilos.
Os depósitos acontecerão a cada dois meses, e serão inclusos na mensalidade do Auxílio Brasil. Quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também poderão ser beneficiadas. Ao todo, prevê-se beneficiar 5 milhões de famílias.
O calendário de pagamentos já foi divulgado, e começa em 18 de janeiro:
- Final NIS 1: 18 de janeiro
- Final NIS 2: 19 de janeiro
- Final NIS 3: 20 de janeiro
- Final NIS 4: 21 de janeiro
- Final NIS 5: 24 de janeiro
- Final NIS 6: 25 de janeiro
- Final NIS 7: 26 de janeiro
- Final NIS 8: 27 de janeiro
- Final NIS 9: 28 de janeiro
- Final NIS 0: 31 de janeiro.
Apenas os atingidos pelas chuvas em Minas Gerais e Bahia poderão receber o benefício adiantado, já a partir de hoje (27).