Efeito raro: carros usados se valorizam e fazem IPVA ficar mais caro; enteda

Pontos-chave
  • IPVA fica mais caro para veículos seminovos em 2022;
  • Tabela Fipe aponta reajuste de 23% no imposto;
  • Mercado de imóveis é reformulado com hiper valorização de modelos antigos.

IPVA 2022 fica mais caro até mesmo para veículos utilizados. Nos últimos dias, os governos estaduais passaram a liberar os calendários de pagamento do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotivos. A população deve ficar atenta, pois há regiões onde o reajuste resultou em acréscimos de mais de 23%. Entenda os detalhes abaixo.

Efeito raro: carros usados se valorizam e fazem IPVA ficar mais caro; entenda (Imagem: FDR)
Efeito raro: carros usados se valorizam e fazem IPVA ficar mais caro; entenda (Imagem: FDR)

Anualmente o cidadão é obrigado a pagar os valores referentes ao IPVA. Trata-se de um imposto destinado especificamente para quem é proprietário de algum veículo, seja ele novo ou usado. Seu valor, no entanto, varia de acordo com as alíquotas, tempo de fabricação e tipo do automóvel.

IPVA mais caro para veículos usados

Normalmente, as cobranças do IPVA costumam ser mais baratas para aqueles cujo veículo já é utilizado. Carros, motos ou demais tipos, comprados por terceiros e com anos da fabricação tendem a custar menos que aqueles zero quilômetros, porém em 2022 essa realidade será modificada.

Devido ao atual cenário se crise econômica, até mesmo os automóveis usados ficarão caros no próximo IPVA. Isso acontece porque ao longo dos últimos meses, com a pandemia do novo coronavírus, a fabricação e venda dos veículos foi comprometida.

Atualmente há uma grande demanda reprimida na aquisição de veículos 0km, fazendo com que aqueles com circulação em andamento sejam mais valorizados. É válido ressaltar que diante da alta no preço para a aquisição de um carro, os modelos seminovos estão vivenciando um período de hiper valorização.

Comparação pela tabela Fipe

Para medir as taxações do IPVA, os governos estaduais se guiam pela tabela Fipe. Trata-se de um levantamento onde é possível registrar a média de preço para compra e venda de todos os tipos de veículos.

Segundo a Fipe, de fevereiro de 2020, antes da chegada da pandemia, até julho deste ano, os preços dos automóveis cresceram em mais de 24%. O indicativo quando aplicado a valorização dos modelos 0km é de 20%.

“Alguns modelos você consegue receber mais do que você pagou quando zero quilômetro. É uma coisa que eu jamais vi. Se você pegar, num passado próximo, de dois anos atrás, se você achasse uma oferta numa concessionária de 25% abaixo da tabela Fipe, você já estaria fazendo um ótimo negócio. Então para você ver em que nível a gente está de procura de carro seminovo”, afirmou Wilson Góes, diretor de concessionária, em entrevista ao G1.

Isenção IPVA 2022: Como garantir que o valor do imposto do veículo seja grátis

Mudança de vendas

Com tais acrescimentos, as concessionarias passaram a alterar seus serviços. Hoje há um espaço maior para a venda de carros utilizados. Antigamente costumava-se deixar ao menos 200 carros novos e 70 usados, hoje esse número pode ser invertido.

É válido ressaltar que durante este ano, em alguns meses, não havia carros novos disponíveis para venda devido a paralisação das fabricas. Isso aconteceu devido a pandemia que inviabilizou a execução de uma série de serviços.

“Como o ciclo dos veículos novos trabalha de uma forma inversa ao dos seminovos, na medida que eu não tenho novos, existe uma tendência, é o que está acontecendo hoje em dia, de um maior foco na compra e na venda de seminovos. E daí exatamente os preços mais elevados que nós temos visto nesse mercado”, afirma o coordenador dos cursos automotivos da FGV, Antônio Jorge Martins, também ao G1.

Lista de isenção do IPVA em 2022

Critérios que determinam o valor do IPVA

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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