Em 12 meses, até novembro deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 10,74%. No último mês a taxa foi de 0,95%, a maior desde 2015. O que isso significa? Na prática mostra que a inflação está pesando no bolso dos brasileiros, e que o poder de compra diminuiu.
Ficou fácil de perceber as mudanças no cenário econômico do país. A falta de chuvas ajudou a elevar o preço dos alimentos, e da energia elétrica. Sem contar a valorização global do petróleo e do dólar que aumentaram os custos dos combustíveis.
Tudo isso, em um ano em que os efeitos da pandemia da Covid-19 ainda estavam sendo sentidos. Com o fechamento do comércio, diminuição da renda dos brasileiros, e pelo menos 13,5 milhões de desempregos, segundo o IBGE.
Consequência da alta da inflação no seu bolso
Alimentação:
Até mesmo os itens mais básicos sofreram reajuste de valor devido a inflação. Por exemplo, aqueles que compõe a cesta básica, como o feijão, arroz e a carne.
Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a cesta básica sofreu aumento de 30% em um ano.
Outros fatores contribuíram para o aumento do valor dos alimentos, como a falta de água e as geadas fortes que desestruturam as produções e agricultura.
Também vale lembrar da pequena oferta de bovinos, e da venda excessiva para China, o que ocasionou no aumento expressivo da carne de boi. Algumas famílias enfrentaram filas apenas por desejarem um saquinho de ossos doados.
Dólar
Se engana quem pensa que apenas pessoas com relações internacionais é que sofrem com a alta do dólar. Na verdade, toda a população acaba sendo indiretamente atingida.
O combustível e a matéria prima de produtos industrias foram fortemente encarecidos devido a alta valorização do dólar frente ao real. Segundo o portal G1, até o dia 21 de deste mês foi registrada uma valorização de 10,63%.
Outra dificuldade encontrada nesse caso foi a de que os produtores brasileiros preferiram exportar seus produtos, devido ao preço bem pago internacionalmente. Logo, com menos disponibilidade no país, a lei da oferta e procura aumentou os custos para os consumidores.
Conta de luz
O Brasil passou pela pior crise hídrica da sua história, isso considerando os últimos 91 anos. Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste foram os mais atingidos, justamente aqueles que correspondem por 70% da geração de energia do país.
Justamente por isso, o governo foi obrigado a acionar o funcionamento das usinas termoelétricas. Acontece que elas têm o valor mais caro, e forçou o encarecimento das bandeiras tarifárias.
Atualmente, na cobrança de luz tem se usada a bandeira vermelha de patamar 2, a mais alta. Ela adiciona na fatura R$ 14,20 a mais para cada 100 kW/h consumidos.