Preço da cesta básica tem alta impressionante de 144% em Uberlândia

Segundo o levantamento feito pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-sociais (CEPES) da Universidade Federal de Uberlândia, a cesta básica teve uma alta de 144% após uma década na cidade.

A cesta básica é composta por 13 itens considerados essenciais: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. A quantidade de cada produto varia, conforme a tradição alimentar de cada região.

O valor da cesta básica varia de região para região, sendo que, de acordo com a pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em novembro a média do item era de R$ 591,89.

Porém, em Uberlândia para comprar a cesta básica é preciso desembolsar R$ 569,51. Há dez anos atrás, ou seja, em 2011, os mesmos itens eram comprados com R$ 233,33. Em comparação, em uma década os alimentos básicos sofreram uma lata de 144%.

Sendo assim, hoje, para aqueles que recebem um salário mínimo de R$ 1.100 é preciso trabalhar 113 horas e 54 minutos, segundo o CEPES, para comprar a cesta básica. Em 2011 o trabalhador conseguia comprar a cesta com 94 horas e 12 minutos de atividade remunerada.

Mesmo com mais do dobro de aumento no salário mínimo na última década, passando de R$ 545 em 2011 para R$ 1.100 neste ano, o piso não conseguiu acompanhar a inflação. Com isso, o reajuste no salário foi 44% menor do que o custo da cesta básica.

Considerando uma cesta básica no valor de R$ 569,51 é necessário receber, no mínimo, uma renda líquida de R$ 1.708,53 só para a comora dos alimentos para sustentar uma família composto por dois adultos e duas crianças ou por três adultos.

Porém, como essa família possui outras despesas, como como gás de cozinha, conta de luz e água, internet, saúde, educação e aluguel, em alguns casos, o salário mínimo ideal é muito  maior. Segundo o estudo do CEPES, em novembro de 2021 é necessário ganhar R$ 4.784,48.

Esse valor é mais de quatro vezes do que o atual piso nacional. Já de acordo com o Dieese, o valor ideal do salário mínimo no mês de novembro, para sustentar a família de quatro pessoas, deveria ser de R$ 5.969,17, ou seja, 5,42 vezes maior que R$ 1.100.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.