Quais os riscos para o país caso o Auxílio Brasil fique fora do teto de gastos?

Auxílio Brasil deve afetar contabilidade pública. Nessa semana, o Senado Federal aprovou o projeto de lei que permite violações no teto fiscal. A PEC dos Precatórios consiste no atraso de pagamento da dívida pública, repercutindo negativamente no mercado financeiro e em demais instancias econômicas.

Para fazer com que o Auxílio Brasil funcione, o governo federal sugeriu violar o teto fiscal determinado pelo Congresso. A medida se deu sob a justificativa de que não havia caixa o suficiente para financiar o programa, de modo que fosse criada a PEC dos Precatórios que adia a divida da União.

Desde que anunciada, a proposta repercutiu negativamente entre jornalistas, cientistas políticos e analisas econômicos. Todos afirmam que o atraso das dívidas do governo deixará o país ainda mais prejudicado, dando indícios de um descontrole fiscal.

Violação significa falta de manutenção da verba publica

O principal efeito da PEC dos Precatórios é a sensação de que não haverá um controle dos gastos do governo. Especialistas temem que valores exorbitantes sejam utilizados sem que a população e demais órgãos possam intervir.

— O excesso de gastos vai fazer com que a gente tenha um descontrole fiscal cada vez maior, que se reverte no risco fiscal, porque acelera o endividamento. Esse Auxílio e esse furar o teto de gastos é justamente deixar claro que o governo vai gastar mais sem ter de onde arrecadar – diz Juliana Inhasz, do Insper, em entrevista ao Globo.

Aumento do Dólar

Outro impacto é que sem estabilidade nas economias nacionais, o dólar sobe. Isso acontece porque não há segurança alguma para o mercado de investimentos, quanto maior for o clima de incerteza, mais dispara a moeda americana e consequentemente parte significativa dos produtos brasileiros são encarecidos.

Inflação fica ainda mais forte

Em estado alarmante, a inflação pode ser ainda pior em 2022. Isso ocorre devido as medidas informadas acima, que altera o preço de produtos e serviços. A população deverá pagar mais caro em alimentos, combustível, botijão de gás, entre outras coisas.

Juros se elevam

Devido ao aumento do dólar e da inflação, consequentemente o Banco Central reajusta suas taxas de juros. A Selic, tarifa mínima aplicada em todo o país, tende a subir. Para o cidadão, significa que empréstimos e financiamentos ficarão mais caros.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Doutoranda e mestra em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a coordenação de edição dos Portais da Grid Mídia e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas socias e economia popular. Iniciou sua trajetória no FDR há 7 anos, ainda como redatora, desde então foi se qualificando e crescendo dentro do grupo. Entre as suas atividades, é responsável pela gestão do time de redação, coordenação da edição e analista de dados.