De acordo com o Pnad Contínua 2020 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), divulgado na última sexta-feira (19) pelo IBGE, a renda das famílias que recebem programas sociais subiu de 0,7% para 23,7% de 2019 para o ano passado, devido ao pagamento do auxílio emergencial.
No ano passado, devido à pandemia de Covid-19, o governo começou a pagar o auxílio emergencial aos mais carentes. O programa teve como objetivo ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Dessa maneira, contemplou os trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos, desempregados e beneficiários do programa assistencial Bolsa Família.
Diante disso, em 2020 foram realizados nove pagamentos, sendo cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300. A primeira rodada chegou ao fim em dezembro, mas devido à segunda onda da doença foi retornado neste ano. Assim, em 2021 foram pagos sete parcelas do auxílio emergencial de valor variável.
Dessa maneira, o governo pagou R$ 150 para os beneficiários que moram sozinhos, R$ 250 para as famílias compostas por duas pessoas ou mais e R$ 375 para as famílias chefiadas por mães solteiras.
Os pagamentos chegaram ao fim no mês passado, mas ainda estão acontecendo os saques da 7ª parcela depositada na conta Poupança Social Digital. Em 2020, 67,9 milhões de pessoas foram beneficiadas e, neste ano, o número foi reduzido para 39,1 milhões.
Com o pagamento do auxílio emergencial houve uma expansão no número de famílias que passaram a receber algum benefício social. Em comparação a 2019, o percentual passou de 0,7% para 23,7% em 2020.
Todas as regiões brasileiras tiveram aumento no percentual, mas o Norte e o Nordeste foram onde houve maior crescimento, de 0,5% para 32,2% e de 0,8% para 34%, respectivamente.
A Região Sul foi a que apresentou as menores proporções, sendo de 2,9% no Bolsa Família, 1,7% no BPC e 14,4% em outros programas sociais, como seguro-desemprego.
No Norte, 12,9% das famílias recebiam o Bolsa Família, 5% o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e 32,2% outros programas sociais, como o auxílio emergencial. No Nordeste, 14,2% era do Bolsa Família, 4,5% do BPC e 34% de outros programas.
O valor do rendimento sofreu aumento de um ano para o outro. Por exemplo, a média na região Norte passou de R$ 435 para R$ 643, e no Nordeste, de R$ 400 para R$ 620 em média.