Atualmente, o plano de vacinação contra COVID-19 no Brasil está no grupo de adolescentes de 12 a 17 anos. Esse grupo recebe a vacina após os idosos e adultos terem sido imunizados. Diante disso, faltam as crianças, porém, ainda não há previsão para esses serem vacinados.
A vacinação contra a COVID-19 iniciou no mês de janeiro deste ano no Brasil. Desde então, já se passaram nove meses e mais de 90% da população adulta já recebeu, pelo menos, a primeira dose da vacina.
Hoje, a maior parte dos municípios brasileiros está aplicando a vacina nos adolescentes entre 12 e 17 anos e a segunda dose nos adultos. Além disso, o Ministério da Saúde autorizou a aplicação da dose de reforço nos idosos, após ser identificada um aqueda da imunização das vacinas com o passar dos meses.
Diante disso, o plano de vacinação nacional não abrange as crianças, mesmo alguns países já tendo iniciado a aplicação do imunizante neste grupo. O Chile, por exemplo, começou a vacinar as crianças entre 6 e 12 anos com a Coronavac no mês passado.
Por enquanto no Brasil não há nenhuma vacina autorizada para ser usada nas crianças. Em agosto a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) negou o pedido feito pelo Instituto Butantan para o uso da vacina Coronavac em crianças de 3 a 17 anos.
Segundo a Anvisa, não foram apresentadas todas as informações necessárias que comprovem a eficácia e segurança do imunizante para a faixa etária. Diante disso, o instituto deve submeter uma nova solicitação com mais informações à agência.
Em setembro, a BioNTech apresentou uma pesquisa em crianças de seis meses e 11 anos nas fases 2 e 3 do ensaio clínico com resultados positivos. O estudo foi realizado com 4,5 mil crianças nos Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha.
Diante disso, é esperado que a BioNTech peça autorização a Anvisa para vacinar crianças no Brasil. Dessa maneira, a expectativa para a vacinação das crianças entre 5 e 11 anos é que ocorra no próximo ano.
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o órgão planeja vacinar esse grupo em 2022, mas depende da autorização da Anvisa. No próximo ano serão priorizadas compras da Pfizer e da Astrazeneca, já que são as únicas com aval da Anvisa para uso definitivo.