Na última sexta-feira (10), os aplicativos de transporte de passageiros Uber e 99 anunciaram que as tarifas das corridas serão reajustadas. Além disso, também será mudado o valor de repasse para os condutores.
O reajuste nas corridas de Uber e 99 é devido o aumento no preço dos combustíveis. Diante disso, o 99 irá sofrer um aumento de 10% a 25%, segundo o que foi divulgado pela Folha de S.Paulo.
A alteração será válida para mais de 20 regiões metropolitanas, incluindo São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador. Sendo assim, haverá regiões que permanecerão pagando o mesmo valor, pelo menos, por enquanto.
A empresa Uber anunciou que a mudança será apenas no repasse para o motorista. O reajuste será de até 35% para viagens UberX. A medida vale apenas para a região metropolitana de São Paulo.
Dessa maneira, os consumidores que utilizam o Uber não terão que pagar a mais pelas corridas. Ambas as empresas estão fazendo essas alterações, com o intuito de amenizar o aumento do combustível.
Algumas cidades do país, o preço do litro da gasolina já passa dos R$ 7, sendo um dos vilões da inflação de 2021. Esse preço afeta as famílias e trabalhadores brasileiros que precisam utilizar algum transporte para se locomover ou trabalhar.
Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no acumulado deste ano até agosto, o preço da gasolina já aumentou 31,09%. O diesel teve uma alta de 28,02 % no acumulado.
O aumento nos combustíveis levou 25% dos motoristas de aplicativo a desistir de trabalhar nas plataformas. Com isso, deixou muitos brasileiros sem renda e sem trabalho durante uma das piores crises econômicas e sociais.
O preço cobrado nas bombas se tornou um embate entre o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido) e os governadores. O líder do Executivo cobra que os estados reduzam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Com isso, os preços da gasolina e do diesel poderão ficar mais baratos. É importante saber que o valor cobrado pelos combustíveis é composto pelo preço exercido pela Petrobras nas refinarias, mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS). Além disso, há o custo de distribuição e revenda.