O governo federal pretende implantar um programa de incentivo à redução voluntária de energia elétrica. Conforme apurado pelo Broadcast, do Estadão, a equipe presidencial cogitou conceder bônus de R$ 1 a cada quilowatt-hora (kWh) economizado. Contudo, a proposta foi descartada e o valor deve ser inferior.
De acordo com o Broadcast, houve negativa dessa proposta por ser considerada inviável para manter o equilíbrio financeiro do setor elétrico. Os técnicos avaliaram que essa bonificação seria exagerada — pois representaria a quantia de R$ 1 mil por megawatt-hora (MWh).
Atualmente, a tarifa média paga pelos consumidores residenciais está em R$ 607,60 por MWh. Apesar da situação hídrica crítica, houve o entendimento de que não será possível ter um custo desta proporção para motivar a economia de energia.
Conforme a proposta em análise, que ainda não está fechada, o desconto seria oferecido aos consumidores que economizarem entre 10% e 20% do consumo de energia.
Por meio da fonte consultada pelo Broadcast, o bônus seria custeado pelos próprios consumidores — tanto os atendidos pelas distribuidoras (como os residenciais) quanto os que operam no mercado livre (como as indústrias).
Para os consumidores residenciais participantes, os descontos oferecidos devem ser bancados por meio do Encargo de Serviço do Sistema (ESS). Esta é uma taxa cobrada na própria conta de luz.
Nesta segunda-feira (30), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou à Reuters que o governo federal pretende definir em até dois dias o valor dos descontos que serão concedidos pelo programa de redução voluntária.
O programa de incentivo à redução voluntária de energia elétrica
Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia havia anunciado medidas para garantir o fornecimento de energia elétrica. A pasta informou que criará programa de incentivo à redução voluntária para pequenos e grandes consumidores.
A ideia seria de dar incentivo econômico caso tenha redução do consumo. No caso dos pequenos consumidores, a meta de redução será indicada na conta de luz — com o desconto na fatura da energia elétrica.
Na ocasião, Bento Albuquerque tinha dito que o governo pretendia colocar o programa em operação no dia 1º de setembro. O programa segue sendo estruturado.