PL no Senado sugere financiar internet para inscritos no Bolsa Família

Projeto de lei prevê a concessão de internet para os segurados do Bolsa Família. O Senado recebeu um PL de número 2.600/2021 que tem como objetivo garantir conexão para os estudantes de baixa renda. Segundo o autor da proposta, a medida se faz necessária para reduzir os índices de desigualdade e desemprego entre este grupo.

PL no Senado sugere financiar internet para inscritos no Bolsa Família (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)
PL no Senado sugere financiar internet para inscritos no Bolsa Família (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

Com a chegada do novo coronavírus, milhares de alunos das redes estaduais e municipais de ensino tiveram suas atividades acadêmicas paralisadas ou ainda mais dificultadas.

Enquanto as instituições privadas aderiram ao modelo online, os estudantes do ensino público sofreram mais com a proposta na proposta por falta de internet. Com isso, o novo Bolsa Família poderá passar a ofertar conexão.

Detalhes do texto que concede internet ao Bolsa Família

Sob autoria do senador Jader Barbalho (MDB-PA), o projeto solicita que o governo federal passe a garantir o uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para fornecer internet aos segurados do Bolsa Família.

O objetivo da medida é garantir que os jovens possam permanecer conectados e tenham acesso as aulas digitais que ainda estão sendo mantidas mediante a permanência da covid-19. Com isso, o senador espera minimizar os impactos da desigualdade.

“Atualmente, o acesso digital deve ser considerado um direito fundamental do cidadão, em virtude do mundo globalizado em que vivemos. Temos trabalhado com afinco para erradicar a fome e a pobreza pela renda, mas chegou a hora de focarmos mais na erradicação da pobreza digital, com a utilização dos recursos do Fust para promover a conectividade das famílias beneficiárias de programas sociais”, defendeu Jader ao escrever a justificativa do projeto.

Como anda o ensino remoto no Brasil

De acordo com os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o fim de 2019 cerca de 4,3 milhões de jovens brasileiros não tinham acesso à internet. Desse total, 4,1 milhões eram alunos da rede pública.

Ainda sobre esta temática, o Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) afirma que apenas 29,6% dos alunos de pais sem formação têm acessos a conexão. Já em residências onde os responsáveis possuem curso superior, esse número sobre pra 89,4%.

Durante os anos de 2020 e 2021, além de lidar com a falta de conexão com a internet, os pais com mais de um filho matriculado no ensino regular tiveram que se desdobrar para usar o seu aparelho celular.

Isso porque, as atividades foram enviadas aos responsáveis por aplicativos de mensagens. Apenas um aparelho dificultou o recebimento desses trabalhos quando na família havia mais de um estudante.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.