Questionado sobre prorrogação do auxílio, Bolsonaro diz ‘tem que acabar um dia’

Na última quinta-feira (22), o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), comentou sobre a prorrogação do auxílio emergencial 2021. Segundo ele o pagamento do benefício foi a forma encontrada para lidar com as medidas de restrição e lockdown adotadas pelos governadores e prefeitos.

Questionado sobre prorrogação do auxílio, Bolsonaro diz 'tem que acabar um dia'
Questionado sobre prorrogação do auxílio, Bolsonaro diz ‘tem que acabar um dia’ (Imagem: Isac Nóbrega/PR)

O auxílio emergencial 2021 começou a ser pago no mês de abril, após três meses sem nenhuma ajuda financeira ao povo brasileiro que enfrentava a 2ª onda da Covid-19. O governo não queria pagar nenhuma parcela, mas se viu forçado a realizar uma prorrogação do auxílio.

Segundo Bolsonaro, o que levou ao pagamento do auxílio emergencial foi as medidas restritivas e lockdown adotadas pelos governadores na tentativa de conter o aumento dos casos de Covid-19.

O presidente disse que no ano passado houve “uma política não bem conduzida de lockdown”. Segundo ele, os governadores e prefeitos mandaram todo mundo ficar em casa e fechar todo o comércio, sem pensar na economia.

Diante disso, afirmou Bolsonaro, a economia brasileira sofreu com essas medidas. Para manter os empregos formais e não gerar um alto índice de desemprego, o governo teve muito trabalho.

A ideia do governo seria de pagar quatro parcelas que chegariam ao fim no mês de julho. Porém, mais uma vez, o presidente e sua equipe econômica se viram pressionados a adotarem uma prorrogação do auxílio.

Diante disso, a ajuda financeira de caráter emergencial será pago por mais três meses. A estimativa é que os pagamentos se prolonguem até o mês de outubro, quando toda a população adulta terá recebido, pelo menos, a 1ª dose da vacina contra a COVID.

Porém, é esperado que esse prazo seja antecipado com a chegada de novas doses da Pfizer e da Janssen. Por esse motivo, a prorrogação pode ser por dois ou três meses.

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a quantidade de parcelas dependerá do controle do vírus e do avanço da vacinação.

Dessa maneira, Guedes não descartou a possibilidade de haver uma nova prorrogação do auxílio. Porém, o presidente Bolsonaro afirmou, ontem (22), que o programa “tem que acabar um dia” e que ele já ultrapassou R$ 300 bilhões para os cofres públicos.

Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.