Junho marca recorde de financiamentos imobiliários no país; esta é uma boa hora?

No mês de junho, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança totalizaram a quantia de R$ 19,66 bilhões. Este foi o maior volume mensal da série histórica. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), nesta quinta-feira (22).

Junho marca recorde de financiamentos imobiliários no país; esta é uma boa hora?
Junho marca recorde de financiamentos imobiliários no país; esta é uma boa hora? (Imagem: Maria Ziegler/Unsplash)

No primeiro semestre deste ano, os dados revelam que os financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somaram R$ 97,05 bilhões. Ao comparar com o mesmo período de 2020, houve um aumento de 123,9%.

Com relação ao resultado registrado em junho deste ano, foi registrado uma alta de 112,1% — comparado ao mesmo mês de junho do ano passado. Na comparação com o mês de maio deste ano, a elevação foi de 12,5%. O resultado mensal recente foi o maior da série histórica iniciada em 1994.

No mês de junho, houve o financiamento de 86,2 mil imóveis. Na comparação com o mesmo mês de 2020, a elevação foi de 160%. Já em relação ao último mês de maio, a Abecip revelou que a alta foi de 17,8%.

No acumulado deste ano, foram financiados 417,95 mil imóveis. Ao comparar com os seis primeiros meses do ano passo, houve um aumento de 160%.

Perspectiva do cenário de financiamentos imobiliários no país

Ao final deste ano, a Abecip projeta a quantia de R$ 195 bilhões em financiamentos. Caso o número se concretize, haverá uma elevação de 57% em relação ao registrado em 2020. No segundo semestre, a presidente da Abecip, Cristiane Portela, acredita que haverá uma desaceleração no financiamento.

Por conta da expectativa de novas altas da taxa Selic e das taxas de longo prazo, Portela estima que o crédito imobiliário deve encarecer um pouco nos próximos meses.

Em relação às taxas atuais — com valor próximo de 6,9% —, ela acredita que saltará para cerca de 7,5% e 8%. Mesmo assim, a diretora entende que um juro abaixo de 8% “cabe no bolso” do consumidor final.

Ela acredita que aconteça reajuste das taxas. Contudo, não deverá ser da mesma proporção da taxa básica de juros, a Selic. Isto seria por conta do ambiente competitivo e a visão dos bancos em manter relacionamentos, com os clientes, de longo prazo.

Segundo o Valor Online, em teleconferência com jornalistas, Portela afirmou que este é o melhor momento para comprar um imóvel. Como argumento, ela apontou que os valores dos imóveis estão subindo — assim como a elevação dos juros.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.