Vale mesmo a pena usar o FGTS para financiamento da casa própria?

Brasileiros com sonho da casa própria podem usar o FGTS no seu financiamento. Mesmo com o atual cenário de crise, há muitos trabalhadores em busca da aquisição de suas residências. Em contato com as construtoras e bancos, surge o questionamento sobre os benefícios de investir o saldo total do fundo de garantia para amortizar a compra.

Vale mesmo a pena usar o FGTS para financiamento da casa própria? (Imagem: Maria Ziegler/Unsplash)
Vale mesmo a pena usar o FGTS para financiamento da casa própria? (Imagem: Maria Ziegler/Unsplash)

O FGTS nada mais é do que uma espécie de conta poupança elaborada pelo cidadão durante toda a sua jornada de trabalho. Mensalmente, ao receber seu salário ele tem um desconto de aproximadamente 8% que é destinado para suas contas do fundo de garantia.

A retirada e uso do FGTS por sua vez só pode ocorrer em situações específicas, como no caso do financiamento imobiliário. Parte significativa dos segurados utilizam os recursos acumulados para dar entrada na compra de seus imóveis. Porém muitos se questionam sobre as vantagens desse procedimento.

Quais as vantagens de usar o FGTS no meu financiamento?

De modo geral, o principal benefício gerado pela utilização do FGTS é a redução da parcela do financiamento. Quanto maior a quantia concedida na entrada, menor tendem a ser as mensalidades e consequentemente os juros taxados pelo banco.

Ou seja, para quem tem uma grande reserva no fundo de garantia, podendo utilizar o valor das contas ativas e inativas.

O repasse do FGTS significa a facilitação na contratação do financiamento, pois para o banco já há uma segurança financeira.

E quais as desvantagens?

O grande problema de utilizar todos os recursos é justamente a falta de uma poupança para situações emergenciais. Isso implica dizer que ao tomar tal decisão o segurado precisa ter um planejamento financeiro de modo em que tenha a garantia de que não estará criando uma nova dívida.

No que diz respeito a perca e juros, o repasse do FGTS para o financiamento só traz benefícios. Porém, como mencionado, o cidadão passa a ficar sem o fundo de garantia.

A solução para isso é a decisão de utilizar apenas parte dos recursos do FGTS ou então se dispor a refazer o saldo de acordo com a jornada de trabalho prestada.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.