O Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou no final do ano passado uma ampliação no programa Bolsa Família. A ideia de Bolsonaro é ampliar o número de beneficiários e a média de pagamento. Porém, a dificuldade está sendo em encontrar uma solução para bancar essa nova despesa.
O Bolsa Família, atualmente, contempla 14,6 milhões de famílias em situação de pobreza e pobreza extrema. O valor recebido por cada beneficiário é variável, conforme a composição familiar. Porém, a média de pagamento do programa é de R$ 192.
Após tentativa frustrada de substituir o Bolsa Família por outro programa que fosse vinculado a atual gestão, o presidente decidiu continuar o pagamento do benefício. Porém, afirmou que esse passaria por melhorias neste ano.
O governo tem dois objetivos para o Novo Bolsa Família: aumentar o número de beneficiários e o valor médio de pagamento. A ideia é contemplar mais 4 milhões de pessoas, ampliando a média salarial que contempla as famílias de extrema pobreza para R$ 100.
Já o valor médio de pagamento deve passar de R$ 192 para R$ 300, por meio da criação de novos benefícios. Dessa maneira, apenas as famílias que se enquadram nos novos benefícios terão o valor ampliado. Algumas propostas já surgiram, mas nenhuma foi confirmada pelo governo:
- Voucher creche: R$ 250;
- Ajuda financeira de R$ 52 para as famílias carentes com crianças de até cinco anos;
- Bônus anual para o melhor aluno: R$ 200,00;
- Bolsa mensal de R$ 100,00 para o estudante destaque na área científica, tecnológica ou esportiva;
- Prêmio anual de R$ 1 mil para alunos destaques em ciência e tecnologia ou em atividades esportivas;
- Prêmio anual de R$ 200 para os melhores estudantes.
Essa média de pagamento de R$ 300 deixou a equipe econômica em “maus apuros”. Até o momento não foi explicado de onde sairá recurso suficiente para bancar essa ampliação.
Como bancar o programa?
Segundo o Secretário da Fazenda, Bruno Funchal, o aumento do Bolsa Família irá reduzir o espaço para outros investimentos.
De acordo com Funchal, o Orçamento Geral da União de 2022 terá uma folga de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões.
Esse valor será usado para bancar a ampliação do Novo Bolsa Família. Porém, devido à inflação, o teto de gastos subirá de R$ 1,486 trilhão para R$ 1,610 trilhão.