MP que valida a privatização da Eletrobrás é aprovada na Câmara dos Deputados. Nessa segunda-feira (21), os parlamentares se reuniram para avaliar a proposta de venda de uma das principais estatais nacionais. Aceito, o projeto foi encaminhado para a sanção do presidente Jair Bolsonaro e impactará no bolso da população.
Após semanas em debate, a privatização da Eletrobras foi aprovada em Brasília. A estimativa é de que a marca seja vendida por aproximadamente R$ 25 milhões, o que significa um novo aporte financeiro para o governo federal. Porém, no caso da população os números não são otimistas.
Contas de energia mais caras
Especialistas no setor elétrico e representantes das distribuidoras nacionais vêm se posicionando há dias afirmando que a venda da Eletrobras fará com que as contas de luz fiquem ainda mais caras.
A estimativa é de que a privatização resulte no aumento das tarifas de consulto, o que significa dizer que a população terá que pagar ainda mais caro nas contas de energia.
Um dos principais motivos que validam tal afirmação é que as termoelétricas terão de ser movidas a gás natural, tornando a operação de maior valor.
É válido ressaltar que atualmente a consumação por parte das usinas hidrelétricas, eólicas e solares são mais baratas. O país conta com 22 mil MW de potência de geração térmica, porém o texto da MP amplia em 36% a capacidade de geração térmica em todo o território nacional.
O projeto pontua que a instalação das novas usinas deverá ocorrer nas seguintes regiões, gerando custos adicionais:
- 1 mil MW na região Nordeste em regiões metropolitanas cuja capital não possua fornecimento de gás natural;
- 2,5 mil MW na região Norte, instalando as térmicas em pelo menos duas capitais sem fornecimento de gás;
- 2,5 mil MW na região Centro-Oeste nas capitais ou regiões metropolitanas que não possuem fornecimento de gás; e
- 2 mil MW para o Sudeste, sendo 1,25 mil MW para os estados produtores de gás e 0,75 para os não produtores, caso de Minas Gerais.
A previsão é de que Bolsonaro aprove a venda da Eletrobras ainda esta semana, tendo em vista que o governo nega as afirmativas acima e acredita que a decisão irá baratear em 7% as contas de luz.