Governo federal calcula estratégia de reformulação do Bolsa Família. Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro e parte de sua equipe vem anunciando mudanças no principal projeto social do país. Com previsão para implementação no segundo semestre deste ano, as medidas terão um custo de aproximadamente R$ 51 bilhões. Acompanhe.
A reformulação do Bolsa Família tem sido anunciada como uma prioridade no governo Bolsonaro. Segundo fontes administrativas, o planejamento inclui uma nova versão do projeto assim que for concluída a extensão do auxílio emergencial, que deve perdurar entre outubro e novembro.
O que será o novo Bolsa Família?
De modo geral, Bolsonaro presente ampliar o número de famílias contempladas e aumentar o valor das mensalidades. De acordo com as últimas entrevistas concedidas pelo presidente, a faixa de renda mínima de extrema pobreza subirá de R$ 89 para R$ 95, já a linha de pobreza sairá de R$ 178 para R$ 190.
Com isso, o governo espera atender cerca de 16,7 milhões de famílias, sendo 1,9 milhões a mais do que os atuais beneficiários.
No que diz respeito ao valor das mensalidades, aqueles inclusos na faixa da primeira infância (de zero a 6 meses) e benefício variável para crianças de 3 anos a jovens de 21 anos, receberá uma mensalidade de R$ 105 por pessoa e limite máximo de 5 pagamentos por família.
É válido ressaltar, que na primeira infância a cota é dobrada. O governo prevê ainda um acréscimo de R$ 10 por pessoa. Ao total o esperado é que as famílias sejam contempladas com mensalidades de R$ 310.
Principais mudanças do Bolsa Família
- Valor do auxílio-creche mensal para cada criança seria de R$ 52,00
- Bônus anual para o melhor aluno de R$ 200,00
- Bolsa mensal de R$ 100,00, mais um prêmio anual de estudante científico e técnico de destaque de R$ 1.000,00
- Renovação nas regras de entrada e saída do programa
- Atualização nos critérios mínimos de renda para inclusão no projeto
A previsão é de que todas as medidas passem a valer efetivamente em janeiro de 2022 como uma estratégia política de Bolsonaro para garantir sua reeleição.
Desde a confirmação da candidatura do ex-presidente Lula, o atual chefe de estado vem reforçando sua agenda social para a garantia de tal eleitorado.