De acordo com a pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o salário mínimo ideal subiu para R$ 5.351,11 no mês de maio. Esse valor é quase cinco vezes maior do que o atual piso nacional.
Neste ano, o piso nacional é de R$ 1.100, porém, segundo o Dieese, para sustentar uma família de quatro pessoas, sendo duas adultas e duas crianças, é necessário um valor bem mais alto. A pesquisa considera o valor da cesta básica em 17 capitais brasileiras.
Essa análise é feita todos os meses e com esses valores é definido o salário mínimo ideal para o sustento de uma família. O valor do mês de maio é de R$ 5.351,11, tendo aumentado R$ 20,42 ao ser comparado com o mês anterior.
O valor da cesta básica teve aumento em 14 das 17 cidades analisadas. Com isso, trouxe alteração no valor do salário mínimo ideal. A cesta de alimentos mais cara foi encontrada em Porto Alegre, sendo de R$ 636,96.
A diferença entre a cesta básica mais cara e as que ficaram em segundo e terceiro lugar é de apenas centavos. Porto Alegre é seguido por São Paulo (R$ 636,40) e Florianópolis (R$ 636,37).
Mesmo estando na quarta posição, o Rio de Janeiro conta com uma cesta com um valor um pouco menor (R$ 622,76).
Além de considerar o salário mínimo ideal, o Dieese também estima o tempo médio de trabalho necessário para comprar a cesta básica. Para o mês de maio era necessário trabalhar por 111 horas e 37 minutos.
Os cidadãos que recebem o piso nacional e fazem a contribuição de 7,5% da Previdência Social compromete em média, 54,84% do salário com a compra de alimentos básicos para cada pessoa adulta.
No mês de abril esse valor era de 54,36%. O aumento é resultado da inflação, principalmente nos alimentos. Mesmo com esses dados, o salário mínimo de 2022 proposto pelo Governo Federal está previsto para ser de R$ 1.155.
Dessa maneira, o aumento representa 5,05% em relação ao que é pago em 2021. Esse valor fica abaixo da inflação e não garante o poder de compra dos brasileiros. Caso seja aprovado, essa será a terceira vez que o salário mínimo não terá um aumento real.