Duas novas parcelas do auxílio emergencial vão gerar gastos de R$ 11 bilhões

Nos últimos dias o Governo Federal tem estudado meios de prorrogar o auxílio emergencial até o mês de setembro. A estimativa de investimento com essas duas parcelas extras gira em torno de R$ 11 bilhões que não estão previstos no teto de gastos. 

Duas novas parcelas do auxílio emergencial vão gerar gastos de R$ 11 bilhões
Duas novas parcelas do auxílio emergencial vão gerar gastos de R$ 11 bilhões. (Imagem: FDR)

O cronograma original do auxílio emergencial de 2021 determinou que o benefício seja pago entre abril e julho, ou seja, durante quatro meses. Cada um destes períodos gera um custo de R$ 9 bilhões aos cofres da União. 

Seguindo esta premissa, a extensão do benefício por mais dois meses implicaria em um gasto de R$ 18 bilhões. Porém, o Governo Federal possui R$ 7 bilhões em caixa oriundos de uma sobra referente à última edição do auxílio emergencial, amortizando o valor total da dívida. 

Estes R$ 11 bilhões seriam adquiridos perante crédito extraordinário, em outras palavras, emissão de dívida que elevará o endividamento do Brasil. É preciso explicar que a intenção do ministro Paulo Guedes em prorrogar o auxílio emergencial está condicionada à vacinação contra a Covid-19.

“Devemos renová-lo pelos próximos dois meses, porque a pandemia deve estar controlada em setembro. Esse é o prazo que os governadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul estão dizendo que população adulta estará vacinada”, afirmou o ministro.

Tendo consciência sobre a possibilidade de o calendário de vacinação contra a Covid-19 sofrer atrasos, Paulo Guedes disse não descartar uma provável prorrogação até outubro. A inclusão de mais uma mês aconteceria somente na circunstância mencionada. 

Outra justificativa viável para a iniciativa de prorrogar o auxílio emergencial é a de permitir que o Governo Federal tenha mais tempo para concluir a reformulação do novo Bolsa Família.

O texto sobre a nova proposta do programa de transferência de renda ainda não foi concluído, ainda assim os responsáveis se mantêm aflitos quanto à recepção no Congresso Nacional.

Enquanto os valores do auxílio emergencial são mantidos mesmo em caso de prorrogação, ou seja, R$ 150 para quem mora sozinho, R$ 250 para o chefe do grupo familiar e R$ 375 para a mãe solteira, a sugestão é de promover um aumento no Bolsa Família.

Hoje, a transferência de renda da bolsa é de R$ 190 mensais, se o projeto for aprovado, a quantia poderá ser elevada para R$ 250.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.