Reforma do Imposto de Renda é proposta do Ministério da Economia

O Ministério da Economia pretende realizar uma reforma do Imposto de Renda. Segundo apurado pelo Valor Econômico, a pasta propõe a eliminação dos juros sobre o capital próprio (JCP) e a taxação da distribuição de dividendos em 15%. Atualmente, a taxação de dividendos não existe.

Reforma do Imposto de Renda é proposta do Ministério da Economia
Reforma do Imposto de Renda é proposta do Ministério da Economia (Imagem: Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O ministério propõe taxar a distribuição de dividendos em 15%. Posteriormente, a alíquota seria elevada para 20%. Esta proposta, segundo apurado pelo Valor, está em fase final de elaboração.

Em julho do ano passado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo entraria com um aumento de imposto sobre dividendos.

Na ocasião, ele havia informado que a proposta incluía um imposto sobre valor agregado (IVA), que substituiria os PIS-Cofins, um imposto sobre transações digitais ou pagamentos e taxação de dividendos.

Ele também havia defendido uma grande reforma tributária para reduzir os impostos cobrados sobre a folha de pagamento.

Outra iniciativa da pasta seria de reduzir a alíquota do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). O valor seria reduzido dos atuais 15% para 10% em dois anos.

Nesta segunda-feira (24), Paulo Guedes teve um encontro com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. O encontro teria sido para discutir o tema e maneira de enviar a proposta para o Congresso.

Segundo o Valor, a medida mais popular para resultar na tramitação das propostas seria por meio do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

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Reforma do Imposto de Renda inclui investimentos em renda fixa

Na reforma tributária a ser enviada ao Congresso, o governo deve propor uma “unificação por baixo” das alíquotas do Imposto de Renda cobrado de investimentos em renda fixa, segundo a Folha.

No cenário atual, os investimentos em renda fixa são tributados conforme o período da aplicação. Dessa forma, quanto mais tempo o valor estiver aplicado em um papel, menor será o IR cobrado. O plano de Guedes prevê acabar com o sistema regressivo. Com isso, a cobrança seria nivelada em 15%.

De acordo com a Folha, a proposta em estudo projeta o fim da isenção de IR para aplicações em LCI, LCA, CRI e CRA. A caderneta de poupança — que não possui tributação — seguirá isenta no plano do governo.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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