Corte de R$ 1 BILHÃO na educação afeta assistência de universidades federais

Ensino público brasileiro é ameaçado. Universidades Federais de todo país passaram a se pronunciar sobre o corte financeiro de R$ 1 bilhão anunciado pelo governo federal. A medida foi validada mediante a aprovação da LOA (Lei Orçamentária Anual) para 2021 e deverá afetar as 69 instituições de ensino vinculadas a União. Entenda os impactos.

Corte de R$ 1 BILHÃO na educação afeta assistência de universidades federais (Imagem: Reprodução/Diário de PE)
Corte de R$ 1 BILHÃO na educação afeta assistência de universidades federais (Imagem: Reprodução/Diário de PE)

Enquanto o país vive uma das maiores crises financeiras de sua história, o governo federal anuncia novos cortes para segmentos de extrema importância no desenvolvimento nacional. O ministério da educação teve um reajuste orçamentário de R$ 1 bilhão, afetando o funcionamento das universidades públicas.

Instituições se pronunciam

Diante da decisão, a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) alegou que a manutenção dos centros de estudo está ameaçada. Não há recursos em caixa para manter os compromissos com o ensino, a pesquisa e a extensão até o fim deste ano.

Diversos estudantes tiveram suas bolsas cortadas, há quem não receba as mensalidades concedidas na execução de programas de mestrado e doutorado e a abertura de novas candidaturas também deverá ser cancelada.

A Andifes pontuou que no projeto enviado ao Congresso o governo apresentava um corte de R$ 824,5 milhões, resultando em uma queda de 14,96% em relação a 2020. A quantia, no entanto, foi aumentada sem consulta das instituições.

Alunos de baixa renda são os mais afetados

Ao todo o corte foi de 18,16%, o que significa R$ 176.389.214 milhões a menos no orçamento das universidades. Dessa quantia, R$ 177 milhões foi retirado da assistência estudantil, que garante a permanência dos alunos de baixa renda.

De acordo com a entidade, cerca de 50% dos alunos matriculados dependem desse sistema. “O decréscimo atingiu todas as 69 universidades federais, no entanto com graus diferentes e sem critério conhecido”, diz.

Mesmo diante do clima de instabilidade e insegurança, a Andifes lembra que até o momento o funcionamento dos centros de estudo está mantido, reforçando o comprometimento de professores e alunos para com suas atividades.

“Além do ensino, pesquisa e extensão, da formação de milhares de profissionais altamente qualificados, as universidades têm se dedicado às questões humanitárias que permeiam esse grave momento global. Não paramos nem um dia”, afirma.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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