Bradesco e Itaú criam opções de fundos para brasileiros investirem na China

Os bancos Bradesco e Itaú estão lançando fundos voltados para brasileiros que desejam investir em empresas chinesas. Os bancos estão empolgados com a demanda em alta por aplicações no país, que até pouco tempo atrás era considerado “exótico”.

Bradesco e Itaú criam opções de fundos para brasileiros investirem na China
Bradesco e Itaú criam opções de fundos para brasileiros investirem na China (Imagem: Montagem/Estadão)

A China, primeira economia a se reerguer após a pandemia, provavelmente registrará crescimento significativo, acima dos 8% em 2021. E está cada vez mais perto de se tornar a maior potência global.

Este crescimento em potencial da China e o grande interesse por exposição neste mercado, chamaram a atenção dos bancos brasileiros, que estão se dedicando em um portfólio especial para investidores locais, desde os clientes do varejo até para os mais  endinheirados.

Em menos de um ano, a XP, pioneira em voltar as atenções para o mercado chinês, conseguiu atrair R$1 bilhão em seus produtos em 2021. Entre eles, um fundo com aplicação mínima de R$ 100.

“O Brasil está preenchendo uma lacuna e modernizando o acesso aos investidores. A China deixou há muito tempo de ser um tema exótico, passou a ser um ativo básico de alocação em qualquer carteira global bem diversificada”, disse Fabiano Cintra, o sócio encarregado por fundos internacionais da XP.

Com isso, o Bradesco se associou a grandes gestoras de recursos chinesas para lançar um fundo voltado em empresas do país. Contando com o suporte na China, o veículo trabalha para superar o índice MSCI China e começou a ser ofertado nesta semana, focando em investidores qualificados, isto é, com R$ 1 milhão de recursos alocados no mercado.

O Itaú, por sua vez, segundo Stefano Catinella, diretor comercial da Itaú Asset, vai lançar um fundo para ações na China até o fim desde mês.

“Tem muito cliente que vê a China saindo mais rapidamente da pandemia na comparação com outros mercados e quer se aproveitar da tendência de crescimento do país, procurando uma carteira 100% exposta a empresas chinesas”, disse Catinella.

O fundo terá uma exposição maior nos setores de serviços financeiros, varejo, comunicações e tecnologia.

Stefano aposta que a longo prazo, este fundo tem capacidade para ter patrimônio próximo aos de produtos do Itaú direcionados para os Estados Unidos, com quase R$ 5 bilhões. O fundo vai aplicar na China através de um ETF (fundo de índice).

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.