Governo cogita pagar mais que quatro parcelas no novo auxílio emergencial

Auxílio emergencial poderá ser concedido por mais que quatro meses. Nessa semana, os representantes da equipe econômica do governo federal se reuniram para definir o funcionamento da nova rodada do coronavoucher. Inicialmente a previsão é de que fossem concedidas 4 parcelas com valores entre R$ 150 e R$ 375, mas esse número pode ser prolongado.

Governo cogita pagar mais que quatro parcelas no novo auxílio emergencial (Imagem: Google)
Governo cogita pagar mais que quatro parcelas no novo auxílio emergencial (Imagem: Google)

Com a validação da PEC emergencial em andamento, o governo federal trabalha para definir como funcionará o auxílio emergencial em 2021.

O principal desafio vem sendo o reajuste de contas para que o orçamento do projeto não ultrapasse o teto fiscal. Até o momento, a previsão é de que a folha de gastos fique em aproximadamente R$ 44 milhões.

No entanto, esse valor só será o suficiente para manter o pagamento médio de R$ 250 para cerca de 40 milhões de brasileiros ao longo dos próximos 4 meses. Isso significa dizer que, havendo uma nova extensão do programa a equipe econômica deverá elaborar uma outra PEC emergencial.

Projeções administrativas

De acordo com fontes internas do governo, o ministro da economia, Paulo Guedes, e sua equipe, não descartam a possibilidade de prolongar o programa ao longo do segundo semestre de 2021. Nesse caso, o governo deverá preparar um novo projeto orçamentário que também não se inclua no teto de gastos.

Entre as soluções vistas por Guedes, está o congelamento do salário de servidores públicos, suspensão de concursos, cortes nos planos de carreira de quem já está em atuação, entre outras. As medidas, segundo ele, podem ajudar o governo a reduzir suas despesas.

Há ainda debates sobre a criação de novos impostos aplicados para as transações bancárias digitais, fortemente defendido pelo vice presidente Mourão. O projeto, no entanto, foi arquivado até o momento, mas pode ser retomado.

Eleições 2022 influenciam na pauta

Analistas políticos e econômicos acreditam que o auxílio emergencial poderá ser prolongado como uma estratégia de campanha do atual presidente Jair Bolsonaro para garantir sua reeleição.

Com o projeto social em andamento, o gestor estreita seus laços com os eleitores de baixa renda que nas eleições de 2018 compuseram parte significativa de sua oposição.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.