Governo informa que não aceitará novos cadastros pelo auxílio emergencial. Nas próximas semanas, o ministério da cidadania dará início ao processo de triagem para a definição dos contemplados do coronavoucher em 2021. No entanto, já foi informado de que aqueles que foram desempregados nos últimos meses não poderão ser beneficiados.
A definição das regras e valores do auxílio emergencial têm sido o principal assunto na imprensa nacional. Prestes a conceder uma nova rodada pelo programa, o governo precisa ainda definir quem será ou não contemplado neste lote.
Até o momento a previsão é de que aproximadamente 40 milhões de pessoas estejam inclusas na folha orçamentária.
Novos cadastros estão suspensos no auxílio emergencial
Entre as informações já repassadas, o governo afirmou que não abrirá um novo período de cadastramento. O processo de triagem dos segurados em 2021 deverá ser feito a partir da base de dados registrada no CadÚnico em 2020.
Isso significa dizer que quem foi demitido nos últimos meses não contará com a assistência federal.
De acordo com o ministério da cidadania, será feita uma seleção entre os mais de 65 milhões de aprovados em 2020 para assim determinar quem permanecerá no projeto em 2021.
Já se sabe que os segurados do Bolsa Família estarão integrados, o que significa aproximadamente 14 milhões de pessoas.
Ou seja, menos de 30 milhões de brasileiros deverão ser contemplados com o auxílio emergencial neste ano, cujo os valores foram reduzidos e ficarão entre R$ 150, R$ 250 e R$ 375.
Decisão reforça desigualdade e pobreza
A Rede Brasileira de Renda Básica informou que a não aceitação de novos cadastros deverá resultar na inclusão de quem perdeu a fonte de renda em 2020.
O Brasil foi um dos países com as maiores taxas de desemprego diante da pandemia, o que significa que essas pessoas deverão ser consideradas ‘invisíveis’ uma vez em que não podem se vincular ao Cadastro Único.
A iniciativa de não aceitar um novo grupo tem como finalidade, alegam especialistas, reduzir a folha orçamentária do projeto, que já encontra dificuldades para não romper com o teto de gastos. Questionado sobre esses ‘invisíveis’, o ministério da cidadania não se pronunciou a respeito.