Sem ajuda do governo setor de serviços deve disparar no desemprego

O pesadelo causado pela pandemia em 2020 está voltando a assombrar as empresas. Com as reservas financeiras fadigadas e caixa em baixa, em especial no setor de serviços, que equivale a 70% do PIB do Brasil, os especialistas e empresas acreditam em um novo crescimento no desemprego. E mais, no fechamento de negócios caso não sejam tomadas medidas de socorro.

Sem ajuda do governo setor de serviços deve desparar no desemprego
Sem ajuda do governo setor de serviços deve disparar no desemprego (Imagem Google)

A retomada que vinha se desenhando no último semestre de 2020 foi por água abaixo em decorrência do novo crescimento da pandemia e a possibilidade de um novo lockdown. 

Por conta disso, as empresas pedem a retomada do BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda). Além do aumento do prazo para pagamento de empréstimos concedidos através do Pronampe (linha de crédito com juros menores criada na crise), e parcelamento de tributos.

O Ministério da Economia está trabalhando para que as medidas sejam aplicadas novamente, mas, ainda não existe uma previsão de quando isso irá acontecer.

“A recuperação em “V” foi abortada pela segunda onda (de casos). Seria necessário ter nova rodada de estímulos porque o cobertor está curto e vai faltar pano. Mas eles não virão na mesma proporção. As consequências já são visíveis: a inadimplência está subindo”, diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

Os especialistas consideram que a demora do governo em retomar as medidas implantadas no ano passado, aumentam os danos na economia do país. A pandemia causou o fechamento de 300 mil bares e restaurantes, colocando fim em um milhão de postos de trabalho. 

A pesquisa da Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes) mostrou que 80% dos negócios deste segmento afirmam que irão fechar as portas, caso o BEm não seja retomado.

75 mil lojas fechadas 

A situação é a mesma no varejo. No ano passado, 75 mil lojas fecharam as portas no Brasil. No Rio de Janeiro, nem as vendas de fim de ano ou o crédito foram capazes de salvar as lojas.

Em janeiro deste ano, foi registrada queda de 15%, em comparação com o mesmo mês  de 2020, segundo o CDLRio e o SindilojasRio.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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