Na última segunda-feira (1º), o governo anunciou o fim dos impostos federais sobre o diesel e o gás de cozinha. Em contrapartida, informou o aumento na cobrança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das instituições financeiras. Com isso, os empréstimos devem ficar mais caros.
Segundo o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, com a alta de tributo para as instituições bancárias os empréstimos devem ficar mais caros. Já que é natural que esses custos sejam repassados aos produtos e serviços oferecidos pelos bancos e, assim, atinjam os consumidores.
Diante disso, afirma Sidney, ainda é muito cedo para saber qual será a proporção aumentada pelas instituições bancárias para compensar o aumentos da cobrança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das instituições financeiras.
O presidente da Febraban afirmou que o setor bancário irá fazer o possível para não repassar todo o custo para o consumidor que tem empréstimos, ou o pretende fazer. Porém, deixou claro que não é uma certeza e que pode sim acontecer aumento nessa área.
“Muito provavelmente vai encarecer o crédito. É muito provável que haja reflexo, ainda não sei em qual proporção. Haverá todo um esforço do setor bancário para que nós não venhamos a repassar todo esse custo para o crédito, mas não dá para segurar isso”, disse Isaac.
Diante disso, os consumidores podem se desestimular e a procura por empréstimos pode cair, fazendo com que o rendimento das instituições bancárias, já fragilizadas pela pandemia, venha a piorar.
Além do aumento anunciado pelo governo, a equipe econômica também alterou as regras de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) voltados para a compra de veículos destinados a pessoas com deficiência.
Outra mudança feita pelo Ministério da Economia foi a de acabar com o Regime Especial da Indústria Química (REIQ). Todas essas decisões visam recompor a receita do país com a perda de arrecadação em outros setores e com os impactos gerados pela pandemia.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que essas medidas são temporárias e que deve ter uma duração de seis meses. Diante disso, Sidney afirmou que a Federação Brasileira de Bancos acredita que essas mudanças são necessárias e que confiam na decisão de Guedes.
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