O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo aos caminhoneiros pedindo que não levem adiante a greve do setor. A categoria iniciou o movimento para hoje (1). O presidente disse que o governo está estudando alternativas para reduzir o preço do diesel.
A principal motivação para a greve dos caminhoneiros é o preço do combustível, que subiu mais 4,4% em média nas refinarias na terça-feira (26).
No mesmo dia, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), uma das principais associações do setor, anunciou apoio ao movimento.
Governo tenta frear greve dos caminhoneiros
Após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Bolsonaro disse que estão buscando alternativas para reduzir o impacto do PIS/Cofins no diesel, mas que a solução não é fácil. Segundo ele, cada centavo de redução representa 800 milhões de reais.
Os caminhoneiros também reclamam do baixo valor da tabela de pisos do frete, que teve um reajuste de cerca de 2,5%.
A tabela foi criada em 2018, justamente na última greve do setor, que parou o país por 10 dias.
O diesel representa até 50% do custo de um caminhão e o reajuste não é compensado com o valor do frete.
Bolsonaro disse que todos vão perder com a greve, pois o transtorno será grande, em um momento de pandemia, em que a economia ainda não foi recuperada. Também aproveitou para pedir a governadores e prefeitos que não façam lockdown.
O presidente afirmou que “o Brasil não tem para onde correr mais”, pois a dívida interna está na casa dos 5 trilhões. Na ocasião, voltou a desafiar os governadores a baixarem o ICMS do diesel, como fez em 2019 e disse que o governo estaria disposto “a ir para o sacrifício”.
Ele explicou que o imposto que mais pesa nos combustíveis é o ICMS, de responsabilidade dos estados.
Para o presidente, o preço do diesel está razoável nas refinarias, mas sobe muito até chegar na bomba de combustível, em razão de margem de lucro, transportadora, entre outras variáveis.