Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta, 27, que planeja diminuir o PIS/Confins que recaí sobre os combustíveis. Esta declaração acontece em meio as reclamações de caminhoneiros a respeito de um aumento no preço do óleo Diesel. Porém, o presidente ressaltou que está avaliando o impacto fiscal que a decisão pode trazer e que a “solução não é fácil”.
“Estamos estudando medidas. Agora, não tenho como dar uma resposta de como diminuir o impacto, que foram nove centavos no preço do diesel. Para cada centavo no preço diesel, produtora querendo diminuir o PIS/Confins, equivale a buscarmos em outro local 800 milhões de reais. Então, não é uma conta fácil de ser feita “, explicou o presidente.
Bolsonaro disse que reconhece a importância dos caminhoneiros para a economia e que não interfere na Petrobras. Ele afirmou que os preços são definidos com base em vários fatores.
“Eu não interfiro na Petrobras. Deixar bem claro. A Petrobras continua com a sua política de preço. Agora, nós temos atualmente 33 centavos, do litro do diesel, para PIS/Confins. É isso que nós buscamos diminuir”, disse.
Greve dos caminhoneiros
As associações que representam a classe têm ameaçado fazer uma paralisação de serviços. Isto é, fechando as estradas e impedindo a entrega de produtos feitos por caminhões.
O objetivo é forçar a diminuição do preço do óleo diesel, pneus, pedágios e outros gastos para os caminhoneiros. No entanto, a decisão da greve atinge fortemente a população e a economia que dependem dessas entregas para serviços básicos.
Bares e restaurantes
O presidente afirmou também que está estudando uma série de pedidos vindos da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Entre esses pedidos está a volta do programa de redução de jornada e salários, para que os empresários possam ligar com o fechamento do comércio.
O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, acompanhou Bolsonaro em uma reunião no Ministério da Economia. Ao fim da reunião, Solmucci falou de três pedidos que foram feitos.
Além do programa de redução de jornada, foi pedido também a prorrogação do prazo de pagamento dos empréstimos tomados através do Pronampe (programa de crédito voltado para micro e pequenas empresas) e mudanças na regra do Simples, pois algumas empresas não estariam conseguindo acessar o programa.
Bolsonaro garantiu que vai estudar os pedidos e voltou a criticar as medidas de restrição de circulação de pessoas implantadas pelo governo de São Paulo, João Doria, e pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
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