- Neste ano de 2021, o governo deve adiantar o saque do FGTS;
- Isso por conta da pandemia do novo coronavírus que está tendo uma 2º onda;
- A intenção é ajudar os brasileiros a manterem sua sobrevivência neste período.
Com o novo crescimento da pandemia causada pelo novo coronavírus, a equipe econômica planeja a adoção de estímulos para a economia neste ano. Além da antecipação do 13º salário do INSS e do abono salarial, está em estudo a liberação de uma nova rodada de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Essas negociações acontecem em meio a pressão de prorrogação do auxílio emergencial. As medidas que estão sendo estudadas não possuem impacto fiscal,mas conseguem ajudar na economia.
Os técnicos que fazem parte do Ministério da Economia têm medo de conceder ajuda aos brasileiros mais vulneráveis, e promover a manutenção de empregos antes do necessário. Ficando sem margem de manobra para o futuro se for preciso.
Com relação ao FGTS, a intenção é distribuir entre os trabalhadores R$ 12 bilhões que não foram sacados em 2020 e retornaram para as contas do fundo.
Para a preservação da sua sustentabilidade, o valor das novas retiradas deverão ser inferiores a um salário mínimo, que neste ano é de R$ 1.100. Diferente do ano passado, quando foi permitido o saque de R$ 1.045, piso da época.
Cautela
O valor pago poderá ficar na casa de R$500 por trabalhador. Esse dinheiro poderia ser sacado das contas ativas, ou seja, de emprego atual ou de contas inativas, de empregos anteriores, iniciando por aquelas que estão sem receber depósitos.
De acordo com fontes, os cálculos no impacto das contas do FGTS ainda devem ser fechados.
Na última rodada de saque, o banco liberou cerca de R$ 36,5 milhões em contas virtuais para serem sacados seguindo um cronograma. Porém, 19 milhões de trabalhadores optaram por não fazer a retirada e os valores voltaram para as contas.
Na quinta-feira (21), os candidatos à presidência da Câmara e do Senado apoiados pelo Executivo, Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado defenderam a prorrogação do auxílio emergencial, e isso causou estresse no mercado financeiro.
Já nos bastidores, as declarações foram amenizadas pela equipe econômica que tem adotado a postura de cautela para comentar as articulações ao redor do assunto.
Essa estratégia tem sido submergir à espera dos resultados das eleições no Congresso.
Porém, está no radar o efeito do fim do auxílio sobre a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
Uma parte dos integrantes da ala política do governo é que a rejeição do presidente aumente assim como o fim do auxílio.
Demora da vacinação
Enquanto o governo não planeja declarar outro estado de calamidade pública, o que permitiria abandonar a meta fiscal neste ano de 2021.
A equipe de Guedes, resistiu até agora, a discutir a concessão de uma nova rodada de auxílio, se apoiando na avaliação de que a economia está crescendo em V.
E que o fechamento do comércio, que fez com que muitos trabalhadores ficassem sem renda no começo da pandemia, não seria repetida em 2021.
Porém, com o caos na saúde pública e o número crescente de casos, têm forçado o Ministério da Economia a fazer discussões internas da concessão de ajuda aos brasileiros mais vulneráveis, e outras formas de estimular a economia no primeiro trimestre deste ano.
Um outro fator que pesa no momento da avaliação dos técnicos é o lento processo de vacinação, levando em consideração a retomada da “normalidade” da economia. Por conta do agravamento da pandemia e adoção de medidas restritivas.
Prorrogação do auxílio emergencial
Após as declarações de Lira e Pacheco, a candidata do MDB ao comando do Senado, Simone Tebet (MS), buscou tranquilizar o mercado ao dizer que, se for eleita, vai respeitar o teto de gastos.
Ela disse ainda que abordou o assunto na reunião realizada na sexta-feira (22) com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, o ex-presidente do BNDES Pérsio Arida e economistas como Edmar Bacha, Ana Carla Abraão, Ana Paula Vescovi e Mansueto Almeida. O encontro é organizado por Elena Landau.