Por causa da pandemia de Covid-19, muitas cobranças e reajustes foram adiados, inclusive do plano de saúde. Com isso, as cobranças e reajustes retroativos de 2020 dos planos de saúde fizeram com que o valor, cobrado a partir desse mês, ficasse muito alto.
A partir de janeiro, o plano de saúde terá um reajuste, com o retroativo de 2020 mais o deste ano. Com isso, a despesa teve um aumento gigante, já que o ano passado os reajustes anuais e por idade foram suspensos devido à pandemia.
As cobranças começaram neste mês e podem ser divididas em até 12 parcelas, Dessa maneira, os usuários de plano de saúde, podem pagar em parcelas iguais durante todo o ano e amenizar os impactos gerados nas finanças da família.
A decisão da suspensão da cobrança foi tomada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O órgão suspendeu o reajuste anual de planos individuais, coletivos por adesão e empresariais.
É importante destacar, que nessa decisão não foram suspensos os contratos coletivos com mais de 30 vidas, já que esses tinham sido reajustados até o mês de agosto de 2020. Além disso, houveram empresas que optaram por não aderir a suspensão.
O reajuste atingiu 20 milhões de usuários que tiveram o início do ano marcado por uma conta salgada. Isso porque o reajuste contabilizou três pontos: a cobrança retroativa dos aumentos anuais de 2020 e 2021 e por faixa etária.
Por causa desse aumento, muitos brasileiros recorreram ao Procon, alegando aumento abusivo, diante de um cenário, ainda, de pandemia e da 2ª onda da doença. O Procon-SP está analisando formas de recorrer judicialmente.
Segundo o Procon-SP há aumentos que chegam a 30%, ou seja, quase o dobro do valor pago o ano passado. Por esse motivo, o órgão acredita que as empresas do setor, podem sim, serem julgadas por aumento abusivo.
De acordo com o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, a pandemia foi a causadora do desiquilíbrio nos contratos de planos de saúde. Diante disso, o Procon-SP estuda qual o percentual limite de reajuste para esse setor.
A partir desse resultado e com as reclamações dos consumidores, explica Capez, o órgão pretende entrar om ações civis públicas contra as empresas para impedir qualquer aumento abusivo acima do percentual.