- Os estados podem fazer o plano de vacinação da Covid-19 de forma autônoma;
- A única recomendação do ministério é que a vacina usada seja aprovada pela Anvisa;
- O Ministério da Saúde pede que a vacinação seja registrada diariamente no aplicativo Conecte SUS.
Os estados podem fazer o plano de vacinação da Covid-19 de forma autônoma ao Ministério da saúde. Em outras palavras, podem montar seu próprio planejamento sem vínculo direito com governo federal. A única recomendação do ministério é que a vacina usada seja aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Além de possuir o próprio plano de vacinação da Covid-19, os estados, municípios e o Distrito Federal podem fazer a adesão diretamente com os fornecedores das vacinas. O Ministério da Saúde pede que a vacinação seja registrada diariamente no aplicativo Conecte SUS.
Mesmo permitindo que seja realizada a vacinação de forma autônoma, a pasta recomenda que os estados e o Distrito Federal sigam as diretrizes do Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.
O Plano de Operacionalização define os grupos prioritários que devem ser vacinados e como deve funcionar a logística. Segundo o documento, o Ministério da Saúde deve repassar as doses para as os estados que irão distribuir para os municípios.
A pasta ainda não informou uma data exata para iniciar a campanha de vacinação. Atualmente, o governo possui três possibilidades, sendo que a primeira seria começar no dia 20 de janeiro, ou seja, na próxima quarta-feira.
Caso não seja possível, as outras hipóteses estudadas pelo Ministério da Saúde são iniciar entre 21 de janeiro e 10 de fevereiro ou, por último, começar após 10 de fevereiro. Diante disso, mesmo que o início da vacinação atrase essa não deve passar do próximo mês.
São Paulo e o plano de vacinação da Covid-19
Até o momento, o único estado que determinou uma data para dar início ao plano de vacinação da Covid-19 é São Paulo. Segundo o governador, João Doria (PSDB), as primeiras doses serão aplicadas no dia 25 de janeiro.
O problema é que Doria pretendia vacinar os paulistas com a Coronavac produzida pelo Instituto Butantan, mas, no último sábado (9), o ministério da Saúde informou que comprou todas as doses produzidas pelo instituto e que essa será usada para imunizar todos os brasileiros de forma simultânea.
O ministério também informou que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa e que foram adquiridas ou estão em negociação, serão compradas pela pasta e distribuídas para todo o país, sem nenhuma distinção.
Para piorar o cenário, o governo de São Paulo relatou ao Supremo Tribunal Federal que uma empresa que iria fornecer insumos, como agulhas e seringas, ao estado informou que não poderia mais honrar com a demanda, pois o Ministério da Saúde fez o requerimento de todo o estoque.
Diante disso, uma decisão cautelar foi instalada pelo ministro Ricardo Lewandowski e proibiu que a pasta requisitasse os produtos comprados pelo estado de São Paulo. Para defender o estado, Lewandowski esclareceu que nenhuma requisição pode ser feita contra outro ente federativo.
Espírito Santo e o plano de vacinação da Covid-19
Esse comunicado fez com que os estados ficassem preocupados e que tomassem alguma atitude. O governo do Espírito Santo solicitou que o Supremo Tribunal Federal impedisse que o governo pegassem as vacinas compradas pelo estado.
O estado informou que tem o próprio plano de vacinação e que está realizando a compra diretamente com os laboratórios. Além disso, declarou ter comprado 6 milhões de seringas e agulhas para estar preparado para iniciar a campanha.
Bahia e o plano de vacinação da Covid-19
No mês de setembro o governo baiano anunciou a compra de 50 milhões de doses da vacina produzida na Rússia, a Sputnik V. Porém, essa vacina ainda espera a aprovação da Anvisa para poder ser analisada no país.
No final de dezembro, o laboratório União Química fez o pedido para realizar os testes de imunização. Porém, foram identificadas a falta de informação que precisam de esclarecimento. Dessa maneira, o pedido está aguardando os documentos que faltam.
Minas Gerais e o plano de vacinação da Covid-19
O governo de Minas está elaborando uma parceria com a Covaxx, empresa americana que está desenvolvendo um imunizante em potencial. Porém, ainda passará por testes e, portanto, só estará disponível em 2022 e, por isso, não deve ser usada.