Nesta quarta-feira (13), em uma reunião virtual promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o governo disse para empresários que a vacinação por empresas para imunização de funcionários vai ser proibida.
Essa era a principal dúvida de diversos executivos e donos de negócios, que já estavam se movimentando para importar doses de imunizantes.
Com relação a isso, os representantes dos Ministérios da Saúde, das Comunicações e da Casa Civil, foram taxativos: a vacinação ficará a cargo do governo, que garantiu ter imunizantes para toda a população.
Na quinta-feira (14), em entrevista à Globo News o presidente da ABCVAC, uma entidade que representa as clínicas de vacinação particular, Geraldo Barbosa informou que a rede privada quer disponibilizar a vacina contra coronavírus primeiro para os trabalhadores da indústria e do setor produtivo.
Duas fontes que participaram da reunião disseram que foi tranquilo, mas algumas pessoas presentes fizeram críticas à comunicação contraditória do governo sobre a vacinação.
Além disso, eles querem afastar as possibilidades do setor privado realizar uma vacinação paralela, o governo afirmou que já possui cerca de 500 milhões de doses compradas.
O recado dado foi que por ter um programa de imunização já determinado, o Brasil pode recuperar o “tempo perdido”, com relação a nações que já estão vacinando há meses.
Do governo, participaram da reunião o ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto; o ministro das Comunicações, Fábio Faria; e o secretário-geral do Ministério da Saúde, Élcio Franco.
Os empresários convidados para a reunião fazem parte de um grupo reunido pela Fiesp, chamado Diálogo Brasil, que tem como objetivo aproximar o setor produtivo das decisões do Palácio do Planalto.
As empresas fizeram uma proposta, na tentativa de ajudar a acelerar a imunização, era de doar uma dose para o programa nacional de imunização a cada vacina aplicada em funcionários.
Apesar disso, o argumento oficial para descartar a oferta foi que, com a produção sendo feita pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz, não terá falta de imunizantes.
Assim como foi comunicado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello, a previsão da reunião foi de que a vacinação no País deverá começar ainda na semana que vem, entre os dias 19 e 20.