Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem mais que um salário mínimo terão um reajuste de 5,45% para este ano. A variação do teto do INSS foi maior que o salário mínimo pela 3ª vez em cinco anos. Esse reajuste é 0,19% maior que o previsto para quem recebe o piso do benefício.
O governo definiu que o salário mínimo em 2021 será de R$ 1.100. Esse valor representa um aumento de 5,26%. Dessa forma, os beneficiários que recebem um salário terão este reajuste. Por volta de 70% dos inclusos na Previdência Social recebem esta quantia mínima.
O aumento do salário mínimo ainda segue abaixo da inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em outras palavras, o reajuste fará com que essa parcela dos beneficiários perca poder de compra.
Há alguns anos, o salário mínimo tinha um ganho real, acima da inflação. Nos últimos anos, no entanto, os governos têm feitos com que os beneficiários que ganham mais tenham um reajuste maior.
Para que não houvesse perda inflacionária no salário mínimo, a mudança deveria ser de R$ 1.101,95, segundo o Valor. Pelo fato de que a grande parte dos beneficiários recebem o piso, uma pequena mudança já causaria perda significativa aos cofres públicos.
De acordo com o Ministério da Economia, a cada mudança de R$ 1 a mais, o governo teria uma despesa de R$ 351,1 milhões.
Teto do INSS em 2021
O reajuste de 5,45% aos aposentados e pensionistas que recebem o teto do INSS será de R$ 6.433 em 2021. Anteriormente, a quantia a ser recebida era de R$ 6.101. A variação deste ano representa um aumento de R$ 330.
No caso das pessoas que ganham acima do piso salarial, também não haverá um aumento real. Sendo assim, não haverá mudança significativa aos beneficiários desse grupo após o reajuste.
No caso dos beneficiários que recebiam o piso salarial, de R$ 1.045, o reajuste de 5,26% representa uma alta de R$ 55.
Os beneficiários devem receber os novos valores a partir da folha de janeiro, que deve acontecer entre os dias 25 de janeiro e 5 de fevereiro. As datas de pagamento variam de acordo com o número final do benefício, sem considerar o dígito.