Com a pandemia de COVID-19 muitos trabalhadores foram demitidos devido ao fechamento das empresas e comércios. Diante disso, foi grande o número de solicitações do seguro desemprego no acumulado do ano.
Segundo o Ministério da Economia, no mês de março de 2020, o percentual de solicitação do seguro desemprego aumentou 9,44% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi devido ao primeiro mês de isolamento e restrições sociais.
No mês de setembro, após seis meses de pandemia no Brasil, o país registrou 466.255 pedidos de seguro desemprego, de acordo com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Esse número foi 10,6% inferior ao registrado no mesmo mês em 2019, quando foram solicitados 521.572 pedidos do benefício. Essa queda foi por causa do retorno gradual do comércio e indústrias.
Outra mudança no cenário brasileiro foi à inclusão do programa de Redução de Salário e Jornada de Trabalho que garantiu o emprego dos trabalhadores. Além disso, durante o período de pandemia as empresas se reinventaram e substituíram algumas funções, gerando novos empregos.
Houve também uma mudança no perfil dos brasileiros, os quais procuraram se formalizar ou começaram o próprio negócio diante do desemprego. Por esse motivo, o país teve um aumento no numero de microempresas e de Microempreendedores Individuais (MEI).
Entre os meses de janeiro e setembro de 2020 o Ministério da Economia recebeu 5.451.312 pedidos do seguro-desemprego. Esse quantitativo equivale a 5,7% maior que o mesmo período de 2019, que teve 5.157.026 pedidos, ou seja, 294.285 a mais.
No acumulado do ano, os pedidos aumentaram 1,9%, somando 6,8 milhões. É possível identificar que, sem dúvidas, a pandemia fez com que o país sofresse uma das maiores crises de emprego.
O setor de serviços foi o que mais registrou o número de requerimentos. Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho o setor concentrou 42,7% do total de pedidos, ou seja, foram ao todo 198.979 solicitações.
O setor é o que mais emprega no país e é o que mais sofreu com as medidas de distanciamento e com a quarentena. A secretaria também divulgou alguns dados sobre o perfil dos desempregados:
- 59,9% homens e 40,1% mulheres;
- 33,5% estão na faixa dos 30 a 39 anos de idade;
- 59,4% tem ensino médio completo.