Cadeg mostra criação de empregos e Pnad alta no desemprego; QUEM diz a verdade?

As pesquisas feitas pela Cadeg e Pnad mostram discordância na atual situação do Brasil, em relação à criação de empregos. Mesmo a pesquisa governamental afirmando alta na criação de vagas de emprego, o IBGE informa que o país vive um índice de desemprego recorde.

Cadeg mostra criação de empregos e Pnad alta no desemprego; QUEM está mostrando a verdade?
Cadeg mostra criação de empregos e Pnad alta no desemprego; QUEM diz a verdade? (Imagem: Reprodução/Google)

O emprego é, sem dúvidas, a forma mais fácil de identificar a situação da economia do país. Mas qual está certo? A pesquisa do IBGE ou a do Ministério do Trabalho? As duas tratam do mesmo tema, porém usam metodologias distintas.

Caged e a criação de empregos

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged) é realizado pelo Governo Federal e considera apenas o mercado formal de trabalho. Segundo o levantamento, o país está criando vagas de emprego, mesmo diante da pandemia.

A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (23) e afirma que o Brasil obteve no mês de novembro o quinto mês consecutivo com criação de vagas de emprego. Foram 414.556 novos postos de trabalho fazendo com que o índice tenha um saldo positivo.

Essa recuperação é devido ao retorno do comércio e atividades econômicas com a flexibilização das restrições sociais por causa da pandemia de Covid-19. O resultado mostra um país com uma economia emergente e com um avanço no número de vagas de trabalho.

Pnad e o desemprego

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, mostra um resultado bem diferente. Essa pesquisa, além de considerar os empregos formais também leva em conta o trabalhador informal.

Assim como a outra pesquisa, essa também foi divulgada na quarta. Segundo o levantamento do IBGE, há 14 milhões de brasileiros desempregados. Com isso, houve um aumento de 38,6% no total de desempregados desde o mês de maio, sendo esse um recorde no índice de desemprego.

Qual pesquisa está certa?

A pesquisa do governo considera apenas os trabalhadores que possuem a carteira de trabalho assinada e que são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Dessa maneira, os trabalhadores informais não são contabilizados.

Já o IBGE investiga todos os tipos de ocupação, formais, informais, empresários e funcionários públicos. Dessa maneira, investigas os seguintes aspectos: ocupação, procura por vaga, trabalho remoto.

Foram 193 mil domicílios entrevistados e que estão sendo acompanhados há meses, com o intuito de identificar os impactos da pandemia. Dessa maneira, trata-se de uma amostra fixa.

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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