O salário mínimo em 2021 poderá ser R$ 1.088, conforme revisão da projeção de inflação divulgada na última terça-feira (17). O valor, aliás, é superior em R$ 21 ao que estava previsto no orçamento anterior, divulgada no mês de agosto deste ano. Assim, antes o piso previsto deixaria de ser R$ 1.045 para R$ 1.067.
Porém, devido a alta nos preços do alimentos, que vem impactando a população nos últimos meses, a previsão do Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC) também subiu.
Conforme anunciado no Boletim Macrofiscal, o indicador fechará neste ano em 4,1%. Dessa forma, o piso nacional chegaria a R$ 1.087,84.
Essa alta registrada pode significar um gasto maior para o governo federal, levando em consideração que o número serve como uma base para outros serviços, como os benefícios previdenciários e, também, assistenciais.
De acordo com os cálculos realizados pela equipe econômica do governo, a cada R$ 1 em aumento, as despesas públicas também crescem junto. Isto é: 355 milhões a cada real a mais.
Seguindo as normas da constituição, as despesas públicas não podem ultrapassar mais do que a inflação medida até o mês de junho do ano anterior. Em 2020, o índice chegou em 2,13%.
Desse modo, como o orçamento previsto chega ao limite do teto, algum corte poderá ser feito, de forma que não seja descumprida a regra constitucional.
Salário Mínimo
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei do Orçamento Anual (LOA), mesmo ainda não votadas pelo Congresso Nacional, poderão contemplar o novo cálculo da equipe econômica do governo.
O país já não possui mais uma política de valorização do salário mínimo. Isso porque desde o ano de 2019, o governo federal busca manter o reajuste do piso indexado apenas à inflação. Com a finalidade de evitar o crescimento dos gastos públicos.
Dessa forma, os cidadãos ainda não terão alta no salário mínimo previsto para o próximo ano. Levando em consideração que a inflação será resposta conforme reajuste.
Preço dos alimentos no país
Nos últimos meses, os brasileiros têm sentido no bolso o aumento dos preços dos alimentos. Produtos como óleo de soja, arroz, feijão e carne, por exemplo, estão entre os que mais acumularam alta.
Um dos motivos para o aumento está a demanda internacional. Além disso, a valorização do dólar também está entre os principais influenciadores para o aumento dos produtos.