Moradores do Amapá voltam a ter acesso à energia elétrica por um período específico. Neste domingo (08), a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) liberou uma tabela de horários para que os cidadãos de 13 cidades do estado pudessem utilizar energia. A situação ocorre devido ao incêndio que corrompeu o sistema de distribuição na região e deverá se manter ao longo das próximas duas semanas.
Há quase oito dias o Amapá vive um cenário de blackout. O que acontece na região é que um incêndio realizado na principal distribuidora de energia elétrica corrompeu o funcionamento de quase todo o estado fazendo com que suas cidades ficassem sem acesso a serviços básicos de saúde e até mesmo de comunicação.
Diante do cenário caótico, os governos estadual e federal passaram a ser pressionados para tomarem alguma medida. Em visita a cidade de Macapá, o Ministro de Minas e Energia garantiu que estaria enviando geradores para uso temporário enquanto os novos transformadores não seriam instalados.
Dessa forma, os municípios deverão ter acesso ao fornecimento de energia por meio de uma tabela de distribuição em rodízios. Cada região deverá contar com 6h diárias de fornecimento, divididos como mostra a tabela abaixo:
Cuidados e serviços em funcionamento integral
No entanto, quanto a atividades como hospitais e demais serviços essenciais, a gestão estadual informou que o fornecimento deverá ser mantido por 24h. Para esses setores em específicos haverá geradores individuais.
Uma das dicas repassadas pela companhia elétrica foi que a população desconectasse seus eletrônicos da tomada para evitar possíveis danos.
“É melhor que ele retire da tomada esses aparelhos para que no retorno dessa energia não sofra nenhum dano. A energia tem um impulso ao voltar, o que pode ocasionar queima dos aparelhos”, explicou o diretor-presidente da CEA, Marcos Pereira
Além disso, ele explicou que a volta total deverá ocorrer apenas em 15 dias, justificando o atraso por questões de logísticas necessárias para estabilizar os centros de distribuição.
“Lembramos que, para a segurança do sistema, não é igual fazer a ligação de um interruptor. São questões muito complexas. É necessário segurança para não causar instabilidade no sistema”, declarou Pereira, à Rádio CBN.
Em relato nas redes sociais, os moradores do estado falaram sobre como a falta de energia elétrica castigava o Amapá.
Relatando, por exemplo, sobre o desligamento de aparelhos de UTI, perda de leite materno resfriado nos hospitais, perda de comida nas casas e supermercados e falta de comunicação.