FMI pede por programa de transferência de renda mais eficaz no Brasil para 2021

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que é necessário realizar uma concessão maior para o Brasil, priorizando as despesas para 2021 com os brasileiros em situação de vulnerabilidade.

FMI pede por programa de transferência de renda mais eficaz no Brasil para 2021
FMI pede por programa de transferência de renda mais eficaz no Brasil para 2021 (Imagem: Reprodução/Google)

Segundo o FMI o aumento nos gastos é justificável diante da pandemia de Covid-19 e a grande quantidade de desemprego cada vez maior. O Fundo afirmou, na última segunda-feira (02), que a crise do coronavírus não acabou.

“Um apoio maior que atualmente projetado é desejável no próximo ano em algumas economias (por exemplo no Brasil, México, Reino Unido, Estados Unidos) em vista das grandes quedas no nível de emprego nessas economias e grandes contrações fiscais projetadas”, afirmou o FMI, em documento divulgado nesta segunda-feira sobre crescimento no pós-Covid para o G20.

O FMI afirmou que é necessário criar uma transferência de renda direcionada ou uma cobertura mais ampla de gastos importantes para assegurar o sustento dos mais vulneráveis em muitos países, inclusive o Brasil.

“Em geral, se as consequências da crise perdurarem, o acesso a bens e serviços essenciais (por exemplo distribuição de alimentos, saúde e habitação) precisará ser expandido, principalmente em meio ao aumento das taxas de pobreza. Ajuda alimentar aos mais vulneráveis também pode complementar as transferências de dinheiro e proteger os beneficiários contra preços mais altos dos alimentos”, disse.

Além disso, a maioria dos países que fazem parte do G20 permanece na luta contra a pandemia de Covid-19.

“Em economias onde o espaço fiscal é uma restrição, uma nova priorização dos gastos pode ser justificada. Para todas as economias, será importante monitorar cuidadosamente os desenvolvimentos econômicos e de saúde pública para garantir que o apoio não seja retirado rápido demais, mas mantido durante a crise”, completou a entidade.

Prorrogação do auxílio emergencial

A declaração do FMI veio em meio à indefinição sobre a prorrogação do auxílio emergencial que beneficiou mais de 60 milhões de pessoas ou a criação de um novo programa de transferência de renda após dezembro de 2020.

Membros do governo têm ressaltado a importância da criação de um novo benefício com valor maior que o que atualmente e pago no Bolsa Família (em média R$ 190). Porém, devido ao teto de gastos, a turbinada no programa só será possível se outras despesas forem canceladas.

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Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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