Valor da cesta básica tem alta em 17 capitais no mês de setembro; veja alimentos mais caros

PONTOS CHAVES

  • Cesta básica ultrapassa valor de R$ 550 em todo o país 
  • Produtos registram maior alta da última década
  • Valor do salário mínimo não é o suficiente para custeio de sobrevivência

Fazer feira está cada vez mais difícil no Brasil. Nessa semana, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) liberou um estudo mostrando que a cesta básica está mais cara em todas as 17 capitais do país. De acordo com o levantamento, o valor mais caro é na cidade de Florianópolis, onde o kit vem sendo comercializado por aproximadamente R$ 582. Saiba as variações por regiões e produtos.  

Valor da cesta básica tem alta em 17 capitais no mês de setembro; veja alimentos mais caros (Imagem: Google)
Valor da cesta básica tem alta em 17 capitais no mês de setembro; veja alimentos mais caros (Imagem: Google)

Com a crise econômica do novo coronavírus, fazer feita se tornou uma coisa ainda mais complicada no Brasil.

Os produtos básicos para a alimentação, como arroz e óleo tiveram uma elevação de preço absurda, fazendo com que parte significativa da população passasse a abrir mão de certos consumos. A cesta básica vem registrando a maior alta de história.  

Um dos principais motivos para tal cenário está relacionado a crise econômica do novo coronavírus. Apesar do cenário mundial ser negativo, no Brasil a situação vem se agravando consideravelmente mediante o clima de tensão e instabilidade política.

As ações de contenção contra a pandemia estão gerando variações diretas no mercado, refletindo diretamente no bolso e na mesa do povo.  

Levantamento da cesta básica por região 

De acordo com os estudos feitos pelo Dieese, o local com a cesta básica mais cara é em Florianópolis. Na cidade, os produtos estão sendo comercializados por R$ 582. Em comparação ao mês de agosto, foi registrado uma alta de 9,8%.  

Já em Salvador, o cenário também não é muito diferente. A segunda capital com a cesta básica mais cara, mostrou um acréscimo, nos últimos 30 dias, de 9,7%. A terceira maior alta foi detectada em Aracaju, de 7,13%. 

Na região Sudeste, o Rio de Janeiro conta com uma cesta básica no valor de R$ 563,75, enquanto São Paulo teve uma alta de 4,33%, com venda por R$ 563,35. Os locais com a menores taxas foram Campo Grande (1,72%), Natal (0,68%) e Brasília (0,56%). 

Produtos mais caros 

Ainda segundo o mesmo levantamento, os produtos mais caros foram o óleo de soja e o arroz. O motivo para tais elevações se dá mediante a alta nos preços pressionadas pela demanda externa e interna. 

No caso do arroz, popularmente citado em toda a impressa pela elevação absurda, o motivo justificado pelo governo foi o “elevado volume de exportação e os baixos estoques mantiveram os preços em alta”.  

Os preços mais altos do óleo foram encontrados em (39,62%), Goiânia (36,18%), Recife (33,97%) e João Pessoa (33,86%). Já o arroz ficou mais caro nas cidades de Curitiba (30,62%), Vitória (27,71%) e Goiânia (26,40%). 

Valor da cesta básica tem alta em 17 capitais no mês de setembro; veja alimentos mais caros (Imagem: Google)
Valor da cesta básica tem alta em 17 capitais no mês de setembro; veja alimentos mais caros (Imagem: Google)

Demais itens da cesta básica com preços reajustados:  

Salário mínimo em vigor é insuficiente  

Outro ponto destacado pela Dieese é que o atual salário mínimo não é o suficiente para garantir a feira dos brasileiros. Mediante os acréscimos acima, a quantia necessária para manter as condições de alimentação básica de uma família com quatro pessoas seria de mais de R$ 4 mil.  

O valor é quatro vezes maior do que o que está sendo ofertado atualmente. Já nas projeções de 2021, o governo informou que os acréscimos do piso nacional não significarão um aumento real, ficando em torno de R$ 1.067. 

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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