Dia das Crianças deve apresentar queda de quase 5% nas vendas do varejo

As vendas no varejo para o Dia das Crianças, comemorado dia 12 de outubro, devem cair quase 5% esse ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A data é a terceira mais importante para os lojistas, ficando atrás apenas do Natal e Dia das Mães.

Dia das Crianças deve apresentar queda de 4,8% nas vendas do varejo
Dia das Crianças deve apresentar queda de 4,8% nas vendas do varejo (Imagem: Reprodução/Google)

Mesmo com a crise econômica causada pela pandemia, a queda nas vendas não será tão intensa quanto à observada em 2016, quando o recuo foi de 8,1% devido à recessão ocorrida naquele ano. Mesmo com a retomada lenta das atividades econômicas, a data deve movimentar R$ 62 bilhões em 2020.

Com as estimativas de queda, são esperadas baixas nos preços de brinquedos (-7,5%), sapatos infantis (-5,8%) e tênis (-3,1). Por outro lado, os serviços relacionados a lanches estarão 10,2% mais caros que o ano passado.

A CNC alertou que segmentos muito procurados nessa época, com histórico de vendas nesse período, tendem a sofrer perdas.

As estimativas apontam queda nas vendas de brinquedos e eletrônicos (-2,55% decréscimo de R$ 1,3 bilhão); livrarias e papelarias (-9,9% queda de R$ 48,1 milhões); e lojas de vestuários e calçados (-22,1% diminuição de R$ 489 milhões).

Fabio Bentes, economista da CNC, relatou que a retomada do varejo após o impacto da covid-19 a partir de março, ainda não está completa em vários segmentos, “especialmente naqueles três nos quais são esperadas perdas”.

O presidente da CNC, José Roberto Tadro, citou alguns fatores que inibem o consumo nessa data, como o ‘enfraquecimento’ do mercado de trabalho, o desemprego em alta e o aumento da subutilização da força de trabalho.

José Roberto ressalta que esta data comemorativa e todas as demais que virão será de desafios para o setor varejista e que a redução do valor do auxílio emergencial também dificultará a retomada das vendas, mesmo em cenário de juros baixos e inflação.

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