De acordo com o IHS Markit, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês) apontou para o crescimento da indústria no Brasil em 64,9 pontos em setembro. O registro foi o maior da história na avaliação, que teve início em 2006. O recorde histórico teve alta pelo terceiro mês seguido. Em julho foi registrado 58,2 e em agosto a pontuação chegou a 64,7.
Como motivos para a sequência positiva, a Pollyanna De Lima, a diretora associada de economia do IHS Markit, indicou as medidas brandas tomadas durante a pandemia e o valor do real em comparação ao dólar como determinantes para o resultado.
“Várias empresas sugeriram que as restrições mais brandas contra a Covid-19 as ajudaram a garantir um número positivo de novas encomendas, com a depreciação do real contra o dólar sustentando a primeira alta nas exportações em mais de um ano”, afirma.
Como motivos para a subida do índice sobre a indústria, a empresa cita a melhora no estoque de insumos, os índices de emprego e a alta nos prazos médios de entrega.
Por outro lado, mesmo que o nível de produção tenha crescido, houve aumento dos pedidos em atraso. Os problemas relatados foram as dificuldades dos fornecedores e a falta de materiais.
“A dificuldade de obtenção de itens fundamentais para a produção forçou as empresas a diminuir os estoques de bens acabados. Além disso, como agora é necessário mais dinheiro para comprar poucos produtos, isso significa um aumento recorde dos custos de insumos”, relata.
“Houve sinais claros que a capacidade operacional ficou sob pressão, entre as indústrias e nas cadeias de oferta”, complementa.
Expectativa para os próximos meses
Após o resultado de atenuação da crise e crescimento da indústria, as pessoas que realizaram a pesquisa demonstram otimismo para os próximos 12 meses.
Para que o aumento da produção ocorra, a expectativa é de que haja sustentação dos investimentos, ajustes após a pandemia e a expansão da capacidade pelos próximos registros mensais.