PIB será abalado após fim do auxílio emergencial e suspensão do Renda Brasil 

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro previsto para 2021 pode sofrer um impacto da ordem de até 2,4 pontos percentuais. O impacto negativo pode ocorrer devido ao fim do auxílio emergencial e também do Renda Brasil, que daria continuidade ao repasse de verba à população. 

PIB será abalado após fim do auxílio emergencial e suspensão do Renda Brasil 
PIB será abalado após fim do auxílio emergencial e suspensão do Renda Brasil  (Imagem/Reprodução Google)

De acordo com a consultoria MB Associados, apesar da perda, no período pós-pandemia o PIB pode ainda recuperar fôlego. A projeção da MB é de que o PIB de 2021 cresça em 2,2%, após queda de 4,8% em 2020.

Com o auxílio emergencial, a estimativa da consultoria é de que o crescimento giraria em torno dos 4%. Entretanto, não há espaço fiscal para o gasto.

“É o impacto de retirar de uma vez recursos tão significativos como foram dados. O efeito no crescimento é inevitável, mas coloca uma questão política à frente para Bolsonaro sobre um país de crescimento baixo e restrição fiscal”, aponta a MB Associados. 

Impacto após suspensão do Renda Brasil

Na última terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o programa Renda Brasil, que substituiria o Bolsa Família, foi suspenso. O fato ocorreu devido aos impasses com a equipe econômica do governo. 

O anúncio foi feito em um vídeo divulgado nas redes sociais para desmentir notícias recentes de que o Ministério da Economia estaria estudando congelar aposentadorias e cortar benefícios sociais de idosos e deficientes pobres para financiar o programa.

“Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra (sic) Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, afirmou Bolsonaro. 

No início da semana, o secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que havia a possibilidade de interromper a correção automática do piso das aposentadorias e pensões, que atualmente não podem ser menor que o salário mínimo.

Além disso, os reajustes ficariam paralisados durante os próximos dois anos, o que faria com que o pagamento dos benefícios via INSS ficasse em um valor menor que o piso nacional. 

O Renda Brasil seria um substituto também ao auxílio emergencial, que beneficiou milhares de brasileiros durante a crise vivida em razão da pandemia de coronavírus.

A opção pelo programa foi dada devido a falta de verba do Governo para custear um novo sistema no mesmo estilo do auxílio. O investimento é superior a R$ 30 bilhões.

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