Um dos pontos mais polêmicos durante o debate sobre a reforma administrativa, a flexibilização da estabilidade de funcionários públicos é defendida pela maioria dos brasileiros, segundo uma nova pesquisa realizada pela XP/Ipespe.
56% dos entrevistados defendem que as regras do serviço público deveriam ser flexibilizadas, onde há a permissão que o governo demita funcionários públicos. Um aumento de 4% comparado ao ano passado. Já 32% dos entrevistados defendem que devem ser mantidas as regras dificultando a demissão de funcionários públicos. Um recuo de 7% em comparação à 2019.
Entre os dias 8 e 11 de setembro, mais de 1.000 entrevistas foram realizadas por telefones com eleitores de todas as regiões do Brasil pela pesquisa XP/Ipespe. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Entenda a PEC enviada ao Congresso
Buscando reduzir estabilidades no funcionalismo público, o governo Jair Bolsonaro enviou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao Congresso Nacional. A proposta prevê cinco tipos de vínculos entre o servidor e o Estado. Tais regras só valeriam para quem ingressasse no setor público depois de aprovada a proposta.
Afim de evitar distorções e acabar com alguns benefícios (férias mais longas que 30 dias e aposentadoria como punição), a proposta defende a diminuição da quantidade de longas carreiras no setor público.
Funcionário público x privado
58% dos entrevistados apontam que servidores públicos trabalham menos que funcionários de empresas privadas. 22% acredita que o volume de trabalho é igual aos dois tipos de funcionários. Já 13% apontam um trabalho maior por parte do servidor público.
53% dos entrevistados defendem que os rendimentos dos servidores públicos são maiores que dos funcionários na iniciativa privada. Contrariando, 19% apontam que os salários dos servidores são menores. 16% acreditam que entre os dois funcionários não há diferenças significativas.