De acordo com uma pesquisa realizada pela Exame/IDEIA, a maior parte dos brasileiros ficaram insatisfeitos com a redução que aconteceu no valor do auxílio emergencial para os próximos meses.
Esse projeto une o Exame Reseach, braço de análise de investimentos da Exame, e o IDEIA, o instituto de pesquisa especializado em opinião pública.
Cerca de 53% das pessoas que foram ouvidas tiveram uma reação negativa ao corte no benefício, apenas 31% viram essa redução como positiva.
Apesar dessa diferença, o auxílio emergencial de R$600 ajudou muitos brasileiros e essa redução no valor do benefício não foi surpresa para a maioria da população.
Cerca de um terço dos brasileiros não esperam que o auxílio continuaria sendo pago e 23% já sabia que o valor seria reduzido.
O Fundador do IDEIA, Mauricio Moura, disse que “A maioria tinha uma visão realista sobre a questão, levando-se em conta a crise econômica provocada pelo coronavirus”.
Apesar disso, os números não dizem que a população ficou satisfeita com esse corte pela metade no valor do benefício. Cerca de 39% achavam que o auxílio seria prorrogado no valor de R$600.
Mesmo com isso, o governo segue com a sua aprovação alta, com 40% dos brasileiros apoiando a gestão atual, esse é o maior índice desde o mês de fevereiro.
“Os efeitos positivos do auxílio de 600 reais ajudaram a puxar a popularidade do presidente”, disse Moura.
Essa pesquisa foi feita com 1.200 pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Esse patamar alto do auxílio, fez a diferença para as famílias se sustentarem e essa redução vai ser difícil de ser aceita.
Ao serem questionados sobre a possibilidade de continuar recebendo o auxílio no próximo ano, 2021, 72% revelou que a percepção foi pragmática, dizendo não acreditar que o benefício seria estendido até o ano que vem.
Somente 16% mantém a esperança de continuidade do auxílio, já 12% não souberam responder.
Outra pergunta que fez parte da pesquisa foi o impacto da pandemia no trabalho e na renda dos brasileiros. Pelo menos 36% conseguiram manter o trabalho, mas enfrentaram uma queda em seus rendimentos.
Cerca de 35% conseguiram manter sua atividade profissional e uma situação econômica estável.
Prorrogação do auxílio emergencial
No início do mês de setembro o presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial até dezembro.
Foram pagas cinco cotas de R$600, e outras quatro de R$300. No entanto, como o calendário se difere dependendo de quando o cidadão começou a receber o auxílio, nem todos terão direito as quatro parcelas.
Isso porque, o pagamento se expira em dezembro. Quem, por exemplo, receber a 5ª cota de R$600 em novembro, terá direito apenas a uma parcela de R$300 no mês seguinte.