Sesc e Senac do Rio de Janeiro viram alvo de investigação na Lava Jato

O ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Frederick Wassef, está sendo investigado por ter recebido R$ 2,6 milhões desviados do Sesc e Senac Rio de Janeiro. Wassef foi um dos alvos do mandado de busca e apreensão cumprido ontem, quarta-feira (9).

Sesc e Senac do Rio de Janeiro viram alvo de investigação na Lava Jato
Sesc e Senac do Rio de Janeiro viram alvo de investigação na Lava Jato (Imagem: Reprodução/Google)

O advogado Frederick Wassef foi alvo de uma ação do Ministério Público Federal que investiga a suspeita de um esquema de fraudes no Sistema S (Sesc e Senac), e na Fecomércio do Rio de Janeiro.

O esquema está sendo investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato que suspeita que o advogado tenha recebido R$ 2,6 milhões desviados do Sesc e Senac do Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público Federal o dinheiro foi repassado para o escritório de Frederick.

O Ministério Público Federal também afirmou que os repasses foram feitos pelo Escritório Eluf e Santos Sociedade de Advogados. Esse foi contratado para realizar processos administrativos do Senac e do Sesc do Rio na Justiça entre dezembro de 2016 e maio de 2017.

Essa não é a primeira vez que o advogado se envolve em polêmicas, pois em junho foi encontrado em sua casa em Atibaia (SP) Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado Flávio Bolsonaro, que estava sendo procurado pela investigação de vazamento da operação Furna da Onça.

Mesmo sendo alvo, Frederick Wassef não se tornou réu. O MPF, através da quebra de sigilos bancários, comprovou repasses bancários de quase R$ 4,5 milhões do Sistema S pela prestação de serviços em um intervalo de apenas cinco meses.

Desse dinheiro, R$ 2,6 milhões foram direcionados para o escritório de Wassef, que foram usados para lavagem de dinheiro. Esses repasses foram identificados em documentos apreendidos na casa de Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ.

O Senac e Sesc do Rio de Janeiro colaboraram com as investigações em troca da delação premiada. O Escritório Eluf e Santos Sociedade de Advogados informaram que atuaram apenas em processos administrativos, portanto, não tiveram participação em ações judiciais.

O Ministério Público disse que o valor recebido pelo escritório de advocacia não justifica os serviços prestados, sendo sete prestações de cerca de R$900 mil. Segundo Diniz, era Wassef quem atendia as entidades.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.