São Paulo anuncia compra de 465 mil tablets para continuar aulas online

Pandemia do novo coronavírus reformula métodos de ensino em São Paulo. Sendo o estado que passou mais tempo infectado pelo covid-19, as atividades estudantis para a rede pública permanecerão suspensas. Dessa forma, de acordo com o prefeito da capital paulistana, Bruno Covas, todos os alunos deverão ganhar tablets para ajudar no desenvolvimento das aulas online. Ao todo, serão adquiridos 465 mil aparelhos que deverão ser custeados pelo orçamento do governo.   

São Paulo anuncia compra de 465 mil tablets para continuar aulas online (Imagem: Google)
São Paulo anuncia compra de 465 mil tablets para continuar aulas online (Imagem: Google)

Ainda sem expectativas de vacina, os estudantes da rede pública de São Paulo deverão retomar suas atividades por acesso remoto. A decisão foi tomada pelo atual prefeito, que disse não acreditar que a retomada presencial fosse segura para este grupo.

Dessa forma, nesse sábado (29), o gestor publicou uma portaria no Diário Oficial suspendendo as aulas nos centros de ensino e garantindo a compra dos 465 mil tabletes.  

Contradição entre gestão municipal e estadual 

É válido ressaltar que, a decisão de manter as aulas online é contra a indicação do governo estadual. João Doria tinha sugerido que, a partir do mês de setembro, os professores e alunos retornassem aos centros de ensino.

Para isso, afirmou garantir o fornecimento de máscaras e álcool em gel proporcionando segurança a todos.  

Entretanto, Covas foi na direção contrária e não abraçou a proposta. Ainda não se sabe quando as aulas voltarão a acontecer presencialmente na capital, mas há uma expectativa de retorno para o mês de outubro mediante o controle da pandemia.  

Entrega dos tablets para a rede pública de São Paulo 

O processo de entrega será destinado para todos os alunos do ensino fundamental e médio que estão matriculados na rede municipal. Os equipamentos deverão contar com uma configuração específica para a realização das atividades escolares, ficando bloqueados para downloads de aplicativos como redes sociais, entre outros. 

A ação deverá ter um custo de aproximadamente R$ 180 milhões e sua compra acontecerá por meio de um pregão eletrônico. Segundo a prefeitura, o primeiro lote deverá ser entregue a partir de outubro e se estenderá até dezembro.  

É válido ressaltar ainda que, a ação deverá ocorrer durante o período eleitoral, tendo em vista o atraso nas votações deste ano mediante a pandemia. Dessa forma, espera-se que Covas aumente sua popularidade entre os eleitores mais pobres. 

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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