O Ministério da Agricultura está fazendo uma análise para que sejam retiradas as tarifas de importação dos seguintes produtos: arroz, milho e soja. Essa decisão deve ser tomada na próxima reunião do Comitê Executivo de de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que deve acontecer em setembro.
De acordo com a pasta, a intenção é de equilibrar o mercado doméstico e impedir o aumento dos preços dos produto na cesta básica, que estão em alta neste ano.
Os produtos seriam incluídos na Lista de Exceção À Tarifa Externa Comum (Letec), que é uma tarifa aplicada na compra dos produtos de países que não fazem parte do Mercosul.
Hoje, a alíquota de importação para os países de fora do bloco é de 12% para o arroz e de 8% para soja e milho.
O ministério disse em nota que a proposta possuí o apoio do setor produtivo e a adoção da medida seria de forma temporária e com caráter preventivo.
O secretário da Secretaria de Política Agrícola, César Halum, ressalta que não há sinais de desabastecimento no país e “nem há necessidade de importação dos produtos”.
Alta nos preços
O arroz vem tendo alta no preço desde o início do ano. No mês de janeiro, o arroz longo fino estava em R$ 3 por quilo no varejo.
Em julho, o arroz subiu de R$ 3,60 com pico de R$ 3,89 em maio, de acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) referentes ao preços no Rio de Janeiro.
“Não obstante estejamos em plena safra, com estimativa de 58% de arroz colhido, verifica-se uma retração da oferta de matéria-prima por parte dos produtores, o que também tem contribuído para a elevação de preços no mercado interno”.
Já o preço da soja e do milho subiram no Mato Grosso do Sul, um dos maiores produtores do país. O preço de 60 kg de soja estava a R$ 78,15 e em julho subiu para R$ 103,35, segundo a Conab.
O milho no Mato Grosso, que é o maior produtor do país, subiu de R$ 40,50 em janeiro para R$ 45,64 em julho para a saca de 60 kg no atacado.