Prefeito de Belo Horizonte diz que volta às aulas acontecerão junto com vacinação do Covid-19

O prefeito de Belo Horizonte (BH), Alenxandre Kalil (PSD), afirmou na terça-feira (11) que as aulas em sua cidade só irão voltar após a vacinação contra o Covid-19.  À volta às aulas está sendo questionada em todo o país e há muitos que criticam tal atitude, alegando que não exigem maneiras de controlar o contágio da doença dentro das instituições de ensino.

Prefeito de Belo Horizonte diz que volta às aulas acontecerão junto com vacinação do Covid-19
Prefeito de Belo Horizonte diz que volta às aulas acontecerão junto com vacinação do Covid-19 (Imagem: PBH)

O prefeito de BH também critica o ensino online, afirmando que é uma falta de atenção com os mais pobres que não podem participar dessa forma de estudo.

Kalil ainda deixa claro que as escolas privadas só voltarão a funcionar junto com as escolas públicas para que não haja discrepância na educação oferecida aos estudantes da capital mineira, reforçando assim a desigualdade social tão presente no Brasil.

As aulas em Belo Horizonte estão suspensas desde o dia 18 de março, além disso, a cidade já vinha passando por períodos de paralisações de professores na rede municipal e estadual, deixando assim, os alunos belo-horizontinos praticamente sem aulas em 2020.

Com a declaração de Kalil, a estimativa mais otimista é que a volta às aulas de forma presencial aconteça apenas no início de 2021, após uma possível vacinação contra o Coronavírus.

Os professores da rede municipal e estadual estão, desde o início da suspensão das aulas, trabalhando de forma remota, ofertando aos estudantes conteúdos sobre o Covid-19 e sobre as disciplinas vistas em sala, disponibilizadas em plataformas digitais, e-mails ou material impresso distribuídos nas escolas.

Flexibilização do isolamento social em BH

O município iniciou o processo de flexibilização do funcionamento das atividades na cidade, começando pelo comércio e englobando na primeira fase salões de beleza, shoppings, galerias, serviços de drive-in e o setor de varejo.

Essa iniciativa gerou problemas como o Ministério Público de Minas Gerais, pois esse não permite a abertura das lojas no estado, sendo assim BH está descumprindo uma decisão judicial, o Plano Minas Consciente.

Kalil diz não achar justo ter que aderir ao plano, já que afirmou não ter recebido nenhuma ajuda do governo estadual durante todo esse período de pandemia. Porém, deixou claro que se for uma decisão determinada pela Justiça Federal ele irá cumprir.

O prefeito disse que o estado disponibilizou R$ 86 mil para enfrentar o período de isolamento, mesmo a cidade tendo um gasto de R$ 70 milhões por mês.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.