Resultado da inflação é a mais alta em 4 anos; como isso afeta o seu bolso?

Pandemia do novo coronavírus e instabilidade na administração pública resultam no crescimento da inflação. Nessa semana, os números do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), equivalentes ao mês de julho, foram divulgados e mostraram que a inflação nacional acelerou em 0,36%. Tal estatística significa o maior resultado desde o ano de 2016, quando o fechamento semestral foi de 0,52% 

Resultado da inflação é a mais alta em 4 anos; como isso afeta o seu bolso?
Resultado da inflação é a mais alta em 4 anos; como isso afeta o seu bolso? (Imagem: Reprodução – Google)

As variações da inflação dependem diretamente daquilo que os economistas intitulam como IPCA. A sigla diz respeito aos preços em circulação no mercado nacional e em julho mostrou que os segmentos mais reajustados foram do setor de gasolina e energia elétrica. 

A expectativa é que, até o fim do ano, todos passem a pagar mais caro por ambos os produtos. 

Gasolina fica 3,42% mais cara 

O primeiro setor a impactar no reajuste da inflação foi o de combustível. Com o lançamento da nova gasolina, anunciada pela Petrobras na última semana, os postos passarão a cobrar mais caro na hora da revenda, gerando uma despesa ainda maior para os consumidores. Até o momento, o óleo diesel cresceu em 4,21%, o etanol em 0,72%, o gás em 0,56% e a gasolina em 3,42%.  

“A gasolina continua revertendo o movimento que teve nos meses de abril e maio. Já havia subido em junho e voltou a subir em julho. Além disso, houve uma queda menos intensa das passagens aéreas em comparação com maio e junho”, diz Pedro Kislanov, gerente da pesquisa. 

Reajustes nas contas de luz 

Outro ponto que pesará mais para o bolso dos brasileiros são os reajustes das tarifas de energia elétrica. Com a pandemia do novo coronavírus, o consumo foi amplificado mediante a necessidade do isolamento social, alinhado a um acréscimo de 2,59% nas contas nacionais. Ao todo, 13 estados tiveram o cálculo reformulado, fazendo com que os índices ficassem mais caros.  

Em São Paulo, o acréscimo foi de 3,6% e de 4,49%. Já em Fortaleza, a mudança foi de 5,29% e 3,2%. Em Porto Alegre, a alta foi de 2,37%, com reajuste de 5,23%.

Salvador, Recife e Belo Horizonte também passaram a pagar mais caro. No entanto, Curitiba foi a única a registrar uma baixa de 0,94%, fazendo a taxa cair para 2,92%.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.